Noite dos Tambores Silenciosos de Olinda

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Noite dos Tambores Silenciosos de Olinda

Cânticos e batuques de tambores de maracatus de baque virado, carregados de tradições religiosas africanas, invadiram as ladeiras do Sítio Histórico de Olinda na noite desta segunda-feira (4). As calçadas das ruas que se encontram nos Quatros Cantos viraram ‘arquibancadas’ para quem queria acompanhar o desfile das nações, que à meia-noite se encontraram no Largo do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso, para celebrar a Noite dos Tambores Silenciosos. O evento também marca o início das comemorações dos 150 anos do Maracatu Leão Coroado, o mais antigo em atividade em Pernambuco.

O Leão Coroado foi fundado em 8 de dezembro 1863, no bairro de Águas Compridas, em Olinda. Janete Aguiar, 62 anos, a atual Dama do Paço, carrega a Calunga, uma boneca de madeira que simboliza uma entidade já morta.

Antes de virar Dama do Paço, Janete era baiana ou yabá, uma das figuras da corte que tem rei, rainha, vassalo e porta-estandarte.

(Nação Tigre desfila nos quatro cantos-tambores silenciosos. Foto: Rebeca Silva/DP/D.A Press)

(Nação Tigre desfila nos quatro cantos-tambores silenciosos. Foto: Rebeca Silva/DP/D.A Press)

Os batuqueiros são outras figuras importantes em qualquer maracatu de baque solto. Afonso Filho é o mestre do apito do Leão Coroado, coordenando há 16 anos o ritmo do cortejo, de olho nas caixas de guerra, alfaias, gonguê, xequerês, maracás, entre outros instrumentos. “Hoje damos início às comemorações do nosso aniversário, e nada melhor que fazer isso na Noite dos Tambores Silenciosos, onde vamos pedir proteções”, falou.

O cortejo seguia pela Rua e Largo do Amparo, seguido por muita gente e aplausos, até o Largo do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso. Foi na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos onde as nações fizeram, à meia-noite, minutos de silêncio em memória aos ancestrais, pedindo proteções.

Essa celebração já ocorre há sete anos em Olinda.

 

Fonte: G1 PE

 

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