Texto do italiano Edoardo Erba, traduzido por Beth Rabetti, espetáculo tem trilha sonora de André Abujamra, iluminação de Paulo César Medeiros direção de arte e projeções de Mauro Vicente e Charles Boggis. A direção de movimento é assinada pela bailarina e coreógrafa Denise Stutz
Dois personagens, por volta dos trinta anos em trajes esportivos, dedicam-se a uma única ação central durante a apresentação: correr para se preparar para participar da Maratona de Nova York – a corrida mais famosa e almejada do mundo. É assim que se desenrola o espetáculo teatral Maratona de Nova York, que estreia dia 6 de julho, sexta-feira, às 21 horas, no Teatro Cacilda Becker. Sob direção de Bel Kutner, os atores Anderson Muller e Raoni Carneiro estão no elenco da primeira montagem brasileira da peça.
Sempre orientados pela ânsia de superação, os personagens (Mario e Steve) relembram determinantes momentos de suas vidas, enquanto correm para participar da Maratona de Nova York. A corrida é pontilhada por recordações, que abrem espaços para reflexões como: Correr para quê? Superar quem? Entre outras lembranças, episódios da infância que sugerem desafeto materno e o intermédio de mulheres que fizeram os amigos se conhecerem.
A maratona
O texto de Edoardo Erba, traduzido por Beth Rabetti, levanta questões do ser humano imprevisível, limitado, genial, obstinado, traumatizado, mas sempre possível vencedor na arte de viver. “Edoardo Erba tem um texto rápido, que faz a gente pensar. É muito bom o seu jeito de conduzir o cotidiano, o inevitável e as fatalidades”, conta Anderson Muller.
A diretora Bel Kutner – que atualmente alinha os ensaios de Maratona de Nova York às gravações da novela Gabriela, da TV Globo -, se apaixonou pelo texto na primeira leitura, quando foi convidada a dirigir a peça. “Pela simplicidade e agilidade dessa conversa, pela dinâmica das ideias desses dois personagens em um encontro. A tradução da Beth Rabeti é primorosa, deixando a historia de dois italianos universal. Pode ser em qualquer lugar, em qualquer tempo”, conta Bel, que é amiga do Anderson Muller há trinta anos e também está na produção ao lado dele.
Bel Kutner diz, ainda, que vê a peça como uma revisão de uma existência. “É simples, mas cheia de nuances para quem a viveu. Os personagens se irmanam nos seus objetivos, contrapondo-se alternadamente, em suas historias pessoais. É um belo jogo, vamos nos divertir descobrindo a dinâmica de cada cena.”
Para saber mais, acesse: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/dec/teatros/cacilda_becker/index.php?p=8900
Fonte: Dea Martins