A maior associação de música e artes do brasil
O estudo divulgado nesta quarta-feira, 4, pela Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC), aponta um cenário de crescimento exponencial dos conteúdos musicais e audiovisuais gerados por Inteligência Artificial. A perspectiva é que o montante advindo dessa criação chegue a €64 bilhões em 2028 (cerca de (R$ 407 bi).
O valor impressiona e, também, preocupa. O relatório revela que o avanço da IA poderá trazer perdas significativas aos criadores de música (24%) e audiovisual (21%). A perda acumulada no período de 5 anos equivale a € 22 bilhões, sendo € 10 bi na música e € 12 bi no audiovisual (R$ 63,7 bi e R$ 76,44 bi, respectivamente).
De acordo com a CISAC, as perdas se darão em duas frentes principais, sendo uma delas a utilização não autorizada das obras para formação por serviços de Inteligência Artificial Generativa sem qualquer remuneração.
Já a outra frente apontada pela Confederação é definida como “canibalização” dos fluxos de receitas tradicionais. Isso se dará em função do efeito de substituição dos conteúdos gerados por IA, que vão competir com as obras feitas por humanos.
O estudo da CISAC considerou três pontos principais: o tamanho do mercado, a perda de receita dos criadores da música e audiovisual, e a receita gerada a partir da IA. A íntegra do documento (em inglês) está disponível abaixo: