Desde suas raízes no Recôncavo Baiano até sua consolidação no Rio de Janeiro, o samba percorreu uma trajetória transformadora, afirmando-se como um pilar da cultura brasileira. Surgido como expressão afro-brasileira no período da escravidão, o samba de roda, com cantos, danças e instrumentos como pandeiro, atabaque e berimbau, era essencial nas celebrações das comunidades negras.
No início do século 20, o samba ganhou força no Rio de Janeiro com a gravação, em 1916, da canção “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro registro oficial do gênero. Figuras como Pixinguinha e Tia Ciata, entre tantos outros, foram fundamentais para consolidar o samba como símbolo urbano.
Já nas décadas seguinte, o gênero evoluiu com as agremiações de samba e sua popularização pelo rádio, imortalizando artistas como Noel Rosa, Cartola e Clementina de Jesus. Ao mesmo tempo, o samba foi ganhando espaço e novos tons, com o samba de breque, partido alto e pagode. Nos dias de hoje, nomes como Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Fundo de Quintal e muitos outros, enaltecem e fazem brilhar ainda mais a raiz do samba!
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Em 2005, o Samba foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. As rodas de samba, especialmente em cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, conquistam novas gerações, preservando e renovando suas tradições.
Neste 2 de dezembro, a Abramus rende homenagens ao Samba, por sua história que transcende a música e reflete a resistência e a vitalidade da cultura afro-brasileira. Salve o samba!
Texto: Anna Ferreira, com informações de Toda Matéria, Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe e Brasil Escola | Arte: Marcela Maciel