A maior associação de música e artes do brasil
Da Agência Estado para o Estadão
“Em Portinari convivem o ”artesão”, interessado em experimentar todos os processos, em desvendar todos os segredos do ofício, e o ”artista”, capaz de infundir um sentido poético no que poderia ser um simples virtuosismo técnico.” A definição da historiadora e curadora Annateresa Fabris sobre Candido Portinari (1903-1962) resume a chave da mostra que o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo inaugura hoje em sua Grande Sala.
Exposição dedicada aos anos de formação do pintor modernista, No Ateliê de Portinari reúne obras realizadas por ele entre 1920 e 1945. De forma sintética, a mostra perpassa questões fundamentais para se entender o percurso do artista em busca de um estilo e o desenvolvimento de suas questões estético-conceituais.
É nesse período, por exemplo, que Portinari produz uma das obras emblemáticas de sua trajetória, o quadro “Mestiço”, óleo sobre tela de 1934, pertencente à Pinacoteca do Estado. Retrato de série sobre tipos étnicos e de trabalhadores brasileiros, a pintura é do mesmo ano em que o artista produz “Lavrador de Café”, obra do acervo do Masp que não está na exposição do MAM, mas aparece representada por meio de um estudo sobre papel. Existe a raiz social na obra do pintor que afirmou, quando do Partido Comunista, que “a pintura que se desliga do povo não é Arte – mas sim passatempo”.
Para continuar lendo essa matéria, acesse: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,mam-sp-abre-hoje-exposicao-no-atelie-de-portinari,744851,0.htm