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As diferenças dos players do mercado da música

Foto: pvproductions / Freepik.

Publicado em 06/09/2023.

Entenda quem são, o que fazem e suas diferenças.

À primeira vista, o mercado musical pode soar complexo para muitos, mas desvendando a engrenagem e os personagens dessa indústria é possível se mover de maneira orgânica, compreendendo cada pilar e suas funções, para então, tanto você, artista, quanto você profissional da área executiva, possa elaborar estratégias bem sucedidas contando com o player certo na colaboração de sua próxima ação. 

Mas o que é um player do mercado musical? 

Quem são, e o que fazem? 

Bem, este é o assunto do blog de hoje, onde relembramos a matéria assinada por Belinha Almendra, da Revista Abramus #40, para te ajudar nessa.

Vamos juntos? 

O que é um player do mercado musical?

A expressão “player” é comumente utilizada no mercado de negócios em geral, seja no corporativo, no industrial e até mesmo aqui, na música. A nomenclatura nada mais é do que uma forma de expressar um personagem/empresa/representante que atua no meio dos negócios, seja qual for a natureza deste produto.

Aqui, no caso musical, os players seriam as gravadoras, editoras, distribuidoras ou agregadoras, associações, assim como também colaboradores da área de marketing musical, ou seja, todos que participam do ecossistema musical visando elevar um produto fonográfico ao sucesso, onde todos ganham e participam deste ato de excelência junto ao criador, o compositor da obra. 

Mas, agora que sabemos quem são os players e o que são, vamos entender como cada um atua individualmente? 

  • Gravadoras: a base

As famosas gravadoras compõem este cenário da indústria, é claro. E em épocas passadas, elas concentravam todos os nichos dentro de uma única empresa. 

No mercado de hoje, com a divisão dos setores e colaborações mais frequentes, as próprias gravadoras podem contar com colaboradores e parceiros externos atuando sobre os artistas de seu catálogo. 

Mas ainda assim, as gravadoras seguem sendo a base do mercado musical; as principais financiadoras artísticas, donas de infraestrutura de gravação, experiência em marketing e networking extremamente rico.

Em alguns casos, as gravadoras seguem atuando de maneira 360º, escolhendo o repertório do artista, financiando DVDs e CDs, escolhendo capa de disco, produzido, gravando, tendo a própria editora.

Ou seja, o mercado que destrinchamos abaixo são todas as áreas que antigamente eram concentradas na gravadora, ao invés de serem empresas distintas atuando em colaboração. 

Mas calma, antes de chegarmos a qualquer conclusão do que é melhor, vamos entender todas as áreas? 

Sigamos. 

  • Selos: especialização

Como falávamos, na época das gravadoras era comum existirem selos para cada nicho musical. Por exemplo: a major EMI atuava do pop ao jazz. Neste caso, era mais que necessário ter um responsável para o pop, outro para o jazz e da mesma maneira para os outros gêneros de atuação da gravadora. Afinal, cada nicho tem suas particularidades e nuances a serem desenvolvidas, certo?

Os selos, ao se destacarem da gravadora e tomarem vida própria, trouxeram essa possibilidade de gravação dos fonogramas de artistas, além de serem guias na busca de playlists e ações promocionais do fonograma. 

  • Marketing Musical: desdobramentos

Toda música precisa de promoção efetiva, não é verdade? Já se foi o tempo em que acreditávamos que uma música poderia virar sucesso apenas por existir.

Nos tempos de hoje, ferramentas como as redes sociais, Google Ads, playlists editoriais são um dos serviços mais requisitados do mercado. 

As assessorias de marketing digital também são parte da indústria das grandes players que promovem o artista de diversas maneiras, mesclando até mesmo a carreira musical com a possibilidade de se tornar digital influencer, como uma estratégia para atingir diferentes nichos e trazer uma visão mais publicitária sobre aquele produto imagético e fonográfico que se torna o artista a partir dessa ação. É uma estratégia comum, mas não é a única. 

Essa empresa de marketing digital, quando muito bem alinhada com o gestor do artista (seja ele autogestor ou tenha um empresário), assim como com os outros colaboradores, pode elevar a música ao ponto desejado. 

  • Managers 

Manager, empresário ou gestor são nomenclaturas utilizadas para o responsável pela empresa, o CNPJ do artista e gestão dessa carreira. Assim, como qualquer empresa no mercado tem um administrador das estratégias e visões futuras, esse gestor é quem atua no mercado musical, conectando todas as pontas e colaboradores que irão atuar sobre a carreira do artista, baseado na estratégia elaborada pelo empresário

Ele responde legalmente pela produção artística e representa o artista em situações contratuais, legais e estratégicas. 

  • Editoras: visibilidade

As editoras também eram parte das gravadoras no passado, e embora sua independência tenha “avançado”, suas funções seguem semelhantes, porém caminhando junto à tecnologia e possibilidades de mercado. 

Editoras musicais são empresas que trabalham em conjunto com compositores e detentores dos direitos autorais para licenciar, divulgar e comercializar suas obras musicais. Quando uma música é editada, significa que a editora musical adquiriu os direitos de publicação da música e é responsável pela sua divulgação e comercialização.

O contrato de edição é um acordo legal estabelecido entre o compositor (ou detentor dos direitos autorais) e a editora musical. Esse contrato define os termos da relação entre ambas as partes, incluindo a duração do contrato, os direitos de exploração da música, as responsabilidades e obrigações de cada parte, bem como a divisão dos direitos autorais e outros rendimentos gerados pela música.

As editoras fazem parte desse ecossistema mais próximo entre a Abramus e Ecad, que são as players mais próximas do produto “obra”, e que operam de maneira mais direta sobre essa parte da criação. 

  • Ecad: fiscalização e recolhimento

No Brasil, o Ecad é o órgão que desempenha a função de fiscalizar e cobrar direitos autorais de locais que executam música publicamente, como rádios, televisões, casas de shows, estabelecimentos comerciais, serviços de streaming e outros que utilizam música em suas atividades.

Esses valores são posteriormente distribuídos aos titulares dos direitos autorais, com base em critérios estabelecidos, levando em consideração a frequência de execução das músicas, região, tipo de execução, dentre outros fatores.

  • Abramus: Associação de Direitos Autorais

As associações de gestão coletiva de direitos autorais são organizações sem fins lucrativos, que representam os compositores, intérpretes, músicos, editoras e produtores fonográficos.

As associações, como a Abramus, tem o principal objetivo de defender os direitos autorais dos artistas e representar os interesses dos seus associados. Elas são vinculadas ao Ecad através da gestão coletiva e são responsáveis pela distribuição dos direitos autorais ao titular.

Após a arrecadação dos valores pelo Ecad, os repasses são realizados para as associações de acordo com o Regulamento de Distribuição, e em seguida, distribuídos aos seus respectivos filiados. 

A responsabilidade da análise e o monitoramento dos rendimentos do repertório de cada artista é dividida entre a Abramus e o titular, acompanhando as movimentações, até chegar o momento do repasse. 

Mas o grande ponto aqui é como as players atuam entre si e a força de cada uma sobre o mercado e sua carreira. 

Que tal se aprofundar mais nesse assunto que pode ser a chave para alavancar sua carreira?

É o que Belinha Almeida apresenta na matéria (pág. 40) que esteve em nossa Revista Abramus. 
Confira na revista.

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