Publicado em 06/10/2021
Há alguns meses fomos pegos de surpresa pelo lançamento inesperado da Apple de sua variante de áudio HiFi e pelo anúncio do Spotify de que fará o mesmo até o final do ano (veja tudo aqui).
Desde então, o público passou a dar mais atenção a este tipo de serviço e a procurar entender melhor o seu funcionamento. Com pelo menos 4 players já atuando neste nicho de alta qualidade, vamos entender as diferenças de cada um e tirar mais algumas dúvidas básicas para os que querem entrar no mundo do som sem perdas.
O áudio HiFi (High Fidelity) de alta fidelidade recebe esse nome por ser muito fiel ao áudio original gravado em estúdio, sem as perdas de qualidade usuais que ocorrem ao comprimir o arquivo para os formatos digitais populares de MP3 e AAC (Advanced Audio Coding).
A termos de comparação, o HiFi hoje disponibilizado já é superior ao oferecido pelos CDs, até então considerados como a mídia de melhor desempenho sonoro. Enquanto o CD tem uma frequência de amostragem de 44,1 kHz a 16-bit com qualidade máxima de 1411 kbps, alguns streamings já alcançam até 192 kHz a 24-bit com qualidade de até 9216 kbps.
Para oferecer a qualidade superior existem hoje alguns formatos:
É importante ressaltar que, para alcançar o máximo de qualidade anunciada, é necessário um equipamento específico, capaz de transmitir as nuances do som cristalino nesses formatos listados.
Infelizmente, praticamente todos os alto-falantes de smartphone, tablets, outros dispositivos de consumo convencionais e fones de ouvido Bluetooth não possuem tecnologia própria para transmitir dados sem perdas.
É preciso um DAC (conversor digital-analógico) externo e um fone próprio, uma brincadeira que não costuma sair barato.
Esclarecidos esses pontos iniciais vamos às diferenças de cada serviço de streaming…
Pioneiro, abriu as portas da alta qualidade e explorou muito bem o diferencial competitivo, forçando os concorrentes a se moverem no mesmo sentido. É o único que oferece o formato MQA.
Mais recente competidor a lançar o seu recurso de áudio lossless, chegou com um formato próprio, afinal é a Apple. O ALAC (Apple Lossless Audio Codec) possui qualidade igual de CD, mas pode chegar além com os equipamentos extras antes mencionados. Sua grande vantagem está no preço, uma vez que não cobra nada além dos seus planos existentes.
Lançou no final de 2019 duas versões: o “Alta Definição”, que tem amostragem de CDs (44,1 kHz a 16-bit); e “Ultra HD”, para reprodução em 192 kHz a 24-bit. Porém, o Amazon Music HD ainda não está disponível no Brasil.
A assinatura do Deezer HiFi permite ouvir músicas no padrão de compressão FLAC, superior ao disponibilizado no plano Premium, cujos áudios são em MP3 a 320 kbps.
Se você esperou até aqui para saber do Spotify, vamos ficar devendo algumas informações. O pouco que se sabe é que o líder do mercado planeja entrar na onda do áudio lossless ainda este ano, que será cobrada taxa adicional e que a qualidade sonora será de, pelo menos, 44,1 kHz a 16-bit.
Pronto!
Áudio HiFi sem mistérios.
Se surgir mais alguma dúvida, já sabe né 😉
Fonte: Canaltech