Publicado em 22/09/2021
No relatório de análise do primeiro semestre do ano, os dados apresentados pela Recording Industry Association of America (RIAA) chamaram a atenção para o crescimento nas vendas de mídias gravadas.
Mesmo prejudicado pela distorção dos números da pandemia, que fechou muitas lojas e impossibilitou a realização plena do “Record Store Day” (tradicional data de maiores vendas de discos), o vinil teve o maior aumento de vendas do setor, quase dobrando seu faturamento anterior (94%), chegando a US$ 467 milhões e se firmando como “dono” de dois terços do mercado de mídias físicas.
O outro terço vai para o CD, que se recuperou parcialmente e teve a receita aumentada 44% (para US$ 205 milhões), mas ainda é 19% menor do que no mesmo período de 2019. Somados, as mídias físicas representam 10% do mercado fonográfico do país.
Já a venda de downloads, faixas e álbuns digitais continua na descendente, com quedas de 6%, 12% e 4%. Sua representatividade de mercado atual é de apenas 5%.
A boa notícia é que a maior fatia deste bolo cresceu. Beneficiados por novos acordos de licenciamento, os serviços de streaming, que representam 84% das receitas, atingiram US$ 5,9 bilhões de faturamento, mantendo o crescimento constante de 26%. Entre suas fontes de receita, a maior parte vem das assinaturas, que acompanharam o crescimento e representam 78% do total (US $ 4,6 bilhões).
Finalmente, analisando o crescimento da receita por anúncio (54%), que se manteve estável no ano passado, e a ampliação de 27% do faturamento do mercado de músicas gravadas no país, já é possível observar um otimismo pela recuperação da indústria, que aos poucos se adequa às mudanças e encontra novos caminhos para se expandir. Que os bons resultados se reflitam também por aqui!