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Retomada dos Shows

Foto: kiri em Adobe Stock

Publicado em 16/06/2021

Sem muitas expectativas de retomada no curto prazo, nos resta acompanhar o aquecimento das agendas dos artistas do hemisfério norte já neste segundo semestre.

Vontade de assistir um show ao vivo né?  As lives são ótimas, mas certamente você já está com saudades da experiência única que é estar a poucos metros do artista, sentindo a vibração e energia das músicas e dos outros fãs ao redor entrando em sintonia. As saudades são tantas, que até dos preços altos das bebidas e comidas, e das filas dos banheiros químicos você já está sentindo falta, não é verdade?

A boa notícia é que já tem gente revivendo essa experiência. A má é que infelizmente ainda não é no Brasil. Com a aproximação do verão no hemisfério norte, a indústria cultural corre para realizar shows e festivais onde haja a aglomeração de pessoas de forma sanitariamente segura. Por isso realiza eventos testes para avaliar as condições necessárias para poder escalar o tamanho de forma organizada. 

Em Barcelona, mediante aprovação e acompanhamento do governo, cinco mil pessoas estiveram juntas. Para isso, fizeram o exame de detecção do Covid-19, receberam máscaras PFF2 e, o mais impressionante, é que não foram obrigadas a manter o distanciamento físico. Duas semanas após o show-teste todos foram testados novamente e, de acordo com os organizadores, não há sinal de contágio. Já em Liverpool, na Inglaterra, onde mais de 35 milhões já receberam ao menos a primeira dose da vacina, nem as máscaras foram exigidas, permitindo o trânsito livre aos 5 mil presentes no Sefton Park.       

Enquanto uns “liberam geral”, outros têm protocolos sanitários mais rigorosos, como no japonês Fuji Rock, onde até gritos e conversas entre amigos podem resultar em expulsão. Independente do formato, o que une os eventos é a iminência de serem realizados no segundo semestre, dando os primeiros passos de recuperação. Nos EUA, festivais estão agendados para os próximos meses e os astros da música confirmam suas turnês pelo país, demonstrando a confiança na normalização da situação. 

Já no Brasil, onde o setor cultural sofreu muito e perdeu mais de 460 mil empregos na pandemia, a incerteza ainda paira sobre nós. Sem o avanço satisfatório da vacinação é irrealista fazer qualquer previsão, porém os especialistas do setor cogitam que não será possível eventos do tipo antes de maio de 2022, mais de um ano de atraso em relação aos países que controlaram a pandemia. 

Mesmo com o cenário desanimador, alguns eventos ainda arriscam manter o otimismo e não adiar novamente as datas de realização, como a Festa de Peão de Barretos, que mantém a venda de ingressos para agosto próximo. Porém a grande maioria já remanejou sua organização para o ano que vem, como o Lollapalooza, que mais uma vez passou de setembro deste ano para março de 2022. 

O fato é que ainda estamos bem longe de chegar a um patamar de vacinação que permita a realização de testes similares no Brasil. Hoje são aproximadamente 15% da população vacinada e, enquanto não chegarmos em algo próximo dos 70%, seremos obrigados a segurar a vontade e nos unirmos para manter o setor cultural vivo, como fazemos na Campanha Percentual Solidário (veja tudo aqui). 

Fonte: O Globo

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