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Dinastia Musical

Foto: Acervo pessoal de Danilo Caymmi

Publicado em 07/04/2021

Iniciada com o grande Dorival, a família Caymmi é uma verdadeira dinastia da música, que chega na sua terceira geração e reúne 6 importantes artistas da nossa história musical.


O começo de tudo

Tudo começou em Salvador, na Bahia. Mais precisamente no dia 30 de abril de 1914. Nascia Dorival Caymmi, um artista completo (cantor, compositor, instrumentista, poeta, pintor e ator) e provavelmente o maior porta voz dos hábitos, costumes e tradições do povo baiano para o restante do país e do mundo.

Entrou na música ainda na infância, talvez inspirado pelo pai, que era músico amador e tocava piano, violão e bandolim. Cantava no coro da igreja e carregava uma vontade de compor, que se cumpriu aos 16 anos, com a canção “No Sertão”. Um pouco mais velho, já era cantor e violonista em programas de rádio, quando venceu seu primeiro concurso de música de carnaval, aos 22, com o samba “ Bahia também dá”.

Desde então, apurou seu talento, fez contato com importantes personagens da música da época e finalmente alcançou a fama, quando, em 1939, lançou à carreira internacional, a pequena notável Carmen Miranda com “O que é que a baiana tem”.  

Foto: Acervo pessoal de Danilo Caymmi

Com referências à cultura africana, à comida, às danças, à roupa, e, principalmente à religião, Dorival pintou para o mundo uma imagem mística e exótica da Bahia, que para sempre será lembrada por todos nós através das poesias de seus versos. 

Vale a pena dar o play e relembrar algumas:

Mesmo tendo levado uma vida longa e plena, é inevitável não sentir saudades nestes 13 anos desde que nos deixou. Além do legado imortal de suas composições, Dorival também deixou um legado vivo de filhos e netas, que perpetuam o talento da família para a música.


Trinca de Ouro

Dorival Caymmi teve três filhos. Todos herdaram o encanto do pai pela arte da música e demonstram grande talento em continuar a missão do pai de enriquecê-la. 

Nana Caymmi

Era de se esperar que a primogênita Dinahir, que encantou o mundo como Nana Caymmi, aflorasse logo cedo seu talento musical. Ainda com 19 anos iniciou sua carreira de cantora ao participar da gravação da faixa “Acalanto” no LP do pai. No mesmo ano, já ingressou no lançamento de seu disco solo e assinou contrato com a TV Tupi.

Foto: Lívio Campos

Nana se consagrou ao vencer, em 1966, o I Festival Internacional da Canção interpretando a composição de Dorival Caymmi e Nelson Motta, “Saveiros”. Conquistando o reconhecimento e admiração de seus pares e arrebatando a reverência de uma legião de fãs, Nana é e sempre será reconhecida como uma das maiores cantoras da nossa história.

Dori Caymmi

Músico, cantor, produtor musical, arranjador e compositor. Não há dúvida que Dori herdou ao máximo o amor pela música. Estudou teoria musical e começou profissionalmente tocando violão ao lado da irmã em 1959. Foi integrante do Grupo dos Sete e participou da transformação da Bossa Nova na moderna MPB. 

Foto: Myriam Vilas Boas

Com mais de 15 discos gravados e outros tantos produzidos para artistas de igual renome, Dori cumpre à risca o propósito de levar a música adiante. 

Danilo Caymmi

O caçula não ficou para trás. Danilo também é músico, cantor e compositor, se destacando especialmente como flautista de inquestionável talento. Tem na carreira a composição de “Andança”, que lançou Beth Carvalho, além de várias trilhas sonoras de novelas famosas, como “Corpo e Alma” e “Mulheres de Areia”.

Foto: Acervo pessoal de Danilo Caymmi

Além do próprio espaço conquistado, Danilo também deu sequência ao legado familiar, como pai e influenciador da terceira geração de músicos.


A história continua

O tempo tratou de passar e trazer uma nova geração de Caymmis para a música. Com tantas influências, a precocidade é ainda maior.

Juliana Caymmi
Foto: Juliana Caymmi

Filha de Danilo, logo aos 8 anos já interpretou canções para o LP infantil “Histórias do Céu e da Terra”, projeto produzido e com letras de sua mãe, Ana Terra. Ao lado dos tios e do pai, se apresenta em shows por todo o país, além de seguir sua carreira solo como cantora e compositora. É inclusive uma de suas músicas que iniciou a carreira da mais nova Caymmi da dinastia. Neste período de quarentena Juliana lançou, ao lado de Estêvão Freixo, um clipe de “Nossa Dança”, uma linda composição de seus pais.

Alice Caymmi
Foto: Igor Reis

Desde que gravou seu primeiro trabalho para o álbum da tia, com 12 anos de idade, já são 6 álbuns lançados. Cada um mostrando novas facetas do amadurecimento artístico da jovem cantora e compositora. Dona de uma estética própria e representante da nova MPB, Alice mantém em evidência e faz juz ao nome da família.

Sem dúvidas o nome Caymmi já está eternizado em nossa música. Com tantos exemplos de talento, que exercem influência cada vez maior nos mais jovens, é bem provável que muitos ainda venham. A música agradece e espera ansiosa por mais afagos.

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