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Publicado em 16/09/2020

A Neuralink promete uma conexão direta entre o cérebro e os computadores. Entre as aplicações está “ouvir” música direto no cérebro. Será que estamos diante de uma revolução?

Talvez você não conheça, mas Elon Musk é um dos grandes nomes da tecnologia. Ele é dono de algumas empresas que estão dando o que falar por seu elevado nível de inovação. Como exemplo temos a Tesla, que lidera os avanços dos carros autônomos elétricos, a SpaceX e sua frota de foguetes reutilizáveis para exploração espacial e a Hyperloop, que pretende conectar o mundo com túneis para trens de altíssima velocidade.

Talvez seja por isso que sua resposta, mesmo que curta, para uma pergunta feita pelo Twitter sobre outro de seus projetos, a Neuralink, tenha causado tanta comoção. Quando perguntado se seria possível “ouvir” música via streaming através da nova tecnologia, a resposta foi simples: Sim!

Então vamos entender melhor o que é a Neuralink. 

É uma interface cérebro-máquina, que visa a longo prazo conectar as pessoas com seus aparelhos, permitindo controlá-los só com a mente e receber deles os inputs, inclusive de inteligências artificiais, para melhorar a capacidade cognitiva humana básica. Pode parecer uma cenário utópico de ficção científica, mas as aplicações mais imediatas, envolvendo tratamento de doenças como Parkinson, já estão avançando.

Porém, existe uma grande barreira. A tecnologia é invasiva. Para instalar o microchip que faz essa conexão é necessária uma cirurgia, para implantá-lo com inúmeros micro fios e eletrodos diretamente no cérebro. 

Surge então a pergunta: “Vale a pena abrir a cabeça só para “ouvir” música de uma forma diferente?”

Além do receio com a cirurgia, especialistas também avaliam outros problemas potenciais. Como somos acostumados a ouvir pelos ouvidos, esse desvio que a Neuralink proporciona pode confundir o cérebro, fazendo-o estranhar a experiência, podendo até achar que se trata de uma alucinação. 

Por outro lado, também não dá para condenar a Neuralink ao fracasso. Outras aplicações no campo dos sons são bastante animadoras. Para deficientes auditivos, pode ser uma alternativa mais moderna para os implantes cocleares, que devolvem a audição. Outra possibilidade é no uso de estímulos sonoros já conhecidos por melhorar a concentração e desempenho das pessoas (saiba mais aqui). Teoricamente podem ser enviados diretamente e continuamente ao cérebro e até ajudar em casos de depressão e ansiedade.

É isso! Ainda estamos no campo do “e se…”. Falta ainda um pouco para conferirmos as reais aplicações da Neuralink. Só que já vale deixar a pergunta no ar: Você toparia fazer a cirurgia e testar a tecnologia?

Fonte: UOL

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