A menina que um dia sonhou é hoje uma mulher de realizações. Cantora, compositora e mãe de uma bebê a bordo, Liah Soares trabalha em seu novo álbum “Infinito” e fala com exclusividade para a Abramus sobre o projeto, sua carreira e os caminhos que a levaram a uma carreira de sucesso.
Quem decide viver de música precisa quebrar barreiras a partir do momento em que escolhe trilhar esse caminho. O que a inspirou e como foi sair ainda jovem de casa em busca do seu sonho?
Acredito que o que tenha me impulsionado a tomar essa decisão foi realmente a paixão pela música, algo que carrego comigo desde sempre, como se fosse algo maior do que eu, eu sentia a necessidade de me alimentar de música e de me expressar através dela e talvez por isso ter saído debaixo das asas dos meus pais não tenha sido tão assustador pra mim naquele momento. O otimismo, a esperança, a fé em realizar seus sonhos e até a inocência de uma garota de 14 anos também colaborou bastante.
Desde os seus primeiros passos você tem percorrido grandes polos culturais do Brasil. Do Pará, onde nasceu, passando por Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, o que traz uma grande bagagem cultural. Como se deu o processo de criação da sua identidade artística?
A primeira oportunidade de estudar Música me veio através do convite dos meus tios que moravam em Santa Catarina, eu já tocava e compunha sem saber absolutamente nada sobre teoria musical, era tudo muito intuitivo. Naturalmente o contato com outra cultura, costumes e até estilos musicais e sotaques diferentes agregaram uma diversidade ao meu desenvolvimento como ser humano e também musicista, sou muito grata por cada canto que vivi e morei. O Brasil é um país continental e cada região realmente tem particularidades que com certeza me influenciaram de alguma maneira, tudo foi importante na construção da artista com essência criativa que sou.
Além de cantora é reconhecida também por suas composições de sucesso interpretadas por grandes artistas. Qual parceria mais te marcou?
Difícil escolher a parceria que mais me marcou. Como artista e compositora vivo os dois lados e sei da importância da escolha de um repertório para carreira de um artista, então sempre que um outro artista escolhe uma canção minha pra fazer parte da sua trajetória me sinto muito honrada. Então independente do estilo, tenho canções gravadas por artistas de estilos bem diferentes, de Ivan Lins a Ivete Sangalo… E isso só me faz sentir muito orgulho, me sinto lisonjeada.
Em 2012 você participou da primeira temporada do The Voice Brasil e encantou os jurados e o público. Como foi a experiência?
O The Voice foi uma experiência transformadora na minha vida. Lembro de ter refletido muito antes do início do programa pelos motivos que me fizeram estar ali naquele palco e o principal motivo era que naquele momento eu queria realmente me mostrar como intérprete, cantora. Até então eu já tinha um reconhecimento artístico como compositora e enxerguei ali uma janela importante para chegar no grande público. Mas eu sabia do risco, se expor ao vivo numa competição musical, muita gente se perde por enxergar que o outro artista é seu competidor quando na verdade você só pode competir consigo mesmo, dar o seu melhor, foi pensando assim que fiz minhas escolhas durante o programa. Me arriscar em versões diferentes de clássicos já conhecidos do grande público poderia ser um tiro no pé, mas eu queria mostrar realmente minha totalidade como artista e graças a Deus deu certo, cheguei até a final com a sensação de dever cumprido!
Bossa Diluviana, seu mais recente single, compõe o álbum Infinito a ser lançado em breve, e que conta com a produção do Zeca Baleiro. Conta para a gente um pouco desse seu novo projeto.
Infinito é um álbum genuinamente acústico onde as canções são valorizadas com poucos instrumentos, músicas autorais onde o pouco pode ser muito. Nesse conceito gravamos um disco muito verdadeiro e intimista. É praticamente um retorno a minha essência criativa, já que no meu projeto anterior (DVD ao vivo no Theatro da Paz) fizemos algo muito grandioso com orquestra e big band num Theatro clássico e pomposo na minha terra em Belém. Acho que todo artista passeia por períodos cíclicos e toda essa intimidade tem a ver com o meu momento de vida também, de querer mostrar algo com pouca produção, um canal direto com meu público e estou sentindo um retorno maravilhoso em relação a esse disco com a repercussão da primeira música lançada num dueto com o próprio Zeca em março “A proposta”, “Baião a dois”, a “Bossa diluviana” e agora estamos nos preparando para lançar mais um single do álbum no final de julho.
Como foi fazer um dueto com o Rei Roberto Carlos? O que vem por aí?
Gravar com o Roberto foi um presente maravilhoso! Me senti honrada e emocionada em vários momentos, passa um filme na minha cabeça porque Roberto é um ícone da nossa música, senão o maior! E todo o processo de trabalhar, produzir e gravar com ele foi muito prazeroso e uma realização muito grande como artista. O que mais me surpreendeu foi ver de perto o cuidado que ele tem com cada nota, cada detalhe, é lindo ver isso num artista depois de tantos anos de carreira, uma inspiração. Ficamos bem felizes com o resultado da parceria e sinto que as pessoas podem esperar uma bela música de amor, daquelas que emocionam e fazem o coração bater mais forte.
Confira alguns destaques do trabalho de Liah Soares:
Desperdiçou – Liah Soares
Liah Soares – A Proposta feat Zeca Baleiro
Liah Soares – Você por perto Clipe Oficial
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