Strike surgiu há 17 anos e se mantém firme no estilo do início, mas sempre inovando em algo a cada trabalho, trazendo parcerias e incluindo novas tendências na sonoridade da banda. E claro, os fãs aprovam! Nesta entrevista com Marcelo Mancini, vocalista do Strike, você fica por dentro dos últimos trabalhos e dos projetos para este ano!
Strike surgiu numa época onde o hardcore estava muito em alta e hoje vemos outros estilos predominando o gosto popular, como o sertanejo, o pop, o funk. Como você enxerga o espaço para o rock, especialmente o estilo mais hardcore atualmente?
O rock é imortal, sempre terá seu espaço com grande público, tanto que é o estilo que mais arrecada mundialmente com turnês pelo mundo afora se for colocado na ponta do lápis, mas acredito que depois da popularização da internet esses outros estilos ganharam mais força devido ao alcance maior do gosto popular que tomou proporções grandiosas e com a chegada da era digital outras classes ganharam voz ativa. Eu vejo isso como uma mudança natural do mercado que está sempre em movimento, não acho que o crescimento de outros estilos irá matar o rock, prova disso é o axé, o pagode, que já foram fortíssimos no mercado, não são os estilos mais populares hoje em dia, mas mesmo assim possuem grande expoentes do primeiro escalão, atuando no cenário e faturando em grande porte.
No último trabalho lançado pela banda, “Fênix”, vocês se mantêm firme no estilo do início, porém com algumas referências mais eletrônicas. O que levou as pequenas mudanças e qual a importância de uma banda se adaptar às mudanças do mercado, mas sem perder a sua essência?
Desde as primeiras composições até a gravação do primeiro disco já se vão mais de 17 anos, então é natural que com a chegada da maturidade o receio de interagir com outros estilos perde o sentido e acaba se tornando uma busca incessante para não repetirmos velhas fórmulas. Isso não tem nada a ver com querer se adaptar ao mercado, só queremos sempre sair da mesmice sem perdermos a essência e a cada trabalha esse será sempre o nosso maior desafio.
“Fênix” conta com algumas parcerias muito legais como Dinho Ouro Preto na faixa “Caso Bipolar” e do Gil Brother no clipe Rodei o Mundo. Como surgiram esses convites?
De encontros na estrada, o Dinho sempre foi muito receptivo todas as vezes que tocamos juntos em festivais, a mesma coisa o Gil Brother, que sempre que encontramos na MTV ele foi super querido, engraçado daquele jeito e disso nasceu uma grandiosa amizade. Esses convites acabam nascendo de afinidade e de uma admiração mútua. Sorte contar com tamanho talento de tanta gente que já colaborou com o Strike ao longo da nossa jornada, ídolos como Rodolfo Abrantes, Alexandre Carlo, entre outros, fazem parte da nossa discografia. Infelizmente faltou o Chorão, que qualquer hora iríamos acabar escrevendo algo juntos, mas não tivemos tempo de registrar essa música que seria um marco pra nós.
A faixa “Modo Acelerado” é de certa forma uma parceria com o Champignon mesmo após seu falecimento. Conte um pouco como essa música chegou até você e como foi compor a letra em cima da base composta pelo baixista/vocalista do CBjr.
Essa ideia veio do baterista Bruno Graveto “ex CBJR” recém-chegado no Strike, ele mostrou essa base da (A Banca) e eu fiquei em choque com a riqueza do instrumental. Nós precisávamos da liberação da Claudia esposa do Champ antes de iniciar a escrita, fazer algo em cima de uma base da formação do CBJR seria um grande desafio feat uma imensa responsa, mas a Claudia me ajudou e deu tudo certo. Quando nós conhecemos a Claudia já nos demos bem logo de cara, ela participou de algumas sessões opinando, cantando também, se tornou uma grande amiga nossa e no final fizemos o convite ao Marcão Brito que abrilhantou o som com aquele riff matador. Na gravação do disco a Lena (baixista da A Banca e atual Bula) gravou a linha do Champ com maestria e mostrou porque foi escolhida por ele para ser a baixista da banda quando ele assumiu o vocal (que muita gente não sabe, foi pedido pelo próprio Chorão que o Champ assumisse em qualquer casual ausência dele).
“Fênix” foi lançado em 2018. Como tem sido a repercussão desse trabalho e quais os planos da banda para 2020?
Foi super bem recebido pelos fãs novos, antigos, foi uma experiência importante fazer a junção de elementos eletrônicos com o lado orgânico e ficamos felizes com o resultado que foi produzido pelo André nosso guitarrista, Gustavo Lira (compositor e produtor) e eu também que assino a produção do EP. Os planos pra 2020 é continuar a divulgação do EP (Fênix), lançar clipe pra todos os 5 sons e compor um disco novo pro final desse ano com várias parcerias.
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