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Uma nova onda da música independente vem ganhando força, apoiada nos serviços de streaming e distribuidores digitais. Com os melhores números em 30 anos, vivemos uma verdadeira democratização musical.

O crescimento acelerado do mercado de streaming de música no mundo, e principalmente no Brasil, vem afetando positivamente a indústria fonográfica. Um setor em especial vem se destacando, o dos músicos independentes. 

Em franca expansão desde 2015, muito graças ao advento do streaming, a indústria vem recuperando as receitas fonográficas dos tempos áureos e animando todos os envolvidos. Segundo a Pro-Música (associação que reúne as maiores gravadoras em atividade no Brasil), só em 2018 o mercado nacional cresceu 15% (acima dos 9,7% da média mundial) e boa parte disso graças a música independente. 

Com uma taxa de crescimento até três vezes maior que os outros segmentos (35% só em 2018), hoje já representa aproximadamente 40% do mercado, o que não se via desde o começo dos anos 90. É um cenário mais que animador e que pode ser facilmente explicado.

A música hoje está concentrada no ambiente digital. É aqui que “vivem” os serviços de streaming e as fundamentais distribuidoras digitais. A internet, desde a sua origem, é concebida para ser um ambiente democrático, onde todos têm voz, sem censura e baixíssimas barreiras de entrada. Uma descrição ideal do terreno fértil para os músicos independentes do chamado Midstream (falamos mais deles aqui).

A forma como o público enxerga e consome música também favorece estes artistas. Com a opção de escolher quando, como, onde e o que ouvir, sempre a mão e a um clique de distância, remodelou o mercado e pulverizou a audiência. Cada vez menos vemos aquele cantor ou grupo que é unanimidade mundial ou nacional. Esta é a era dos nichos e todos podem buscar o seu espaço. 

Por isso observamos um curioso movimento contrário ao tradicional desenvolvimento de carreira de um artista. Casos como o de Tiago Iorc, que deixou recentemente sua grande gravadora para seguir independentemente, são cada vez mais recorrentes. Muitos outros nem chegam a cobiçar o, antigamente tão desejado, contrato com as gravadoras. Focam mais em sua arte e em agradar ao menor, mas fiel público.  

Porém, nem tudo são flores. Os canais estão abertos e as distribuidoras, como CD Baby e Tunecore, facilitam muito a vida do artista. Por outro lado, o trabalho continua tão, ou até mais intenso, do que sempre foi. Ser independente significa ralar mais, estar focado e antenado com as tendências, aos gostos do público, aos movimentos finos do mercado (a demanda por “feats” por exemplo) e toda uma gestão de carreira dispendiosa. Com mais artistas entrando e um ritmo frenético de lançamento de singles e EPs, se destacar não é moleza. 

São nestes pontos que as grandes gravadoras devem enxergar uma oportunidade de adaptação. Cientes dos alertas que o relatório da IFPI fez (veja mais aqui), se encontram em um momento importante de transição. Existe sim um risco de o modelo atual ser extinto, e para isso precisam buscar formas de conquistar e entregar valor ao artista. Uma assessoria baseada em todo o know how e estrutura que as gravadoras possuem pode ser um dos caminhos. 

A realidade é que o mercado todo está, como já dissemos, em expansão. São tempos de vacas gordas, onde todos podem sair ganhando, basta que se movimentem e saibam jogar as cartas certas. 

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