Inteligência Artificial na Música. O fim do compositor?

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Inteligência Artificial na Música. O fim do compositor?

Sugestão de música ideal, análise de gosto musical e até composição. As Inteligências Artificiais entraram no mercado da música para ficar, mas como fica o músico?

Nos últimos anos temos acompanhado o avanço do uso de Inteligência Artificial no mercado da música. Os serviços de streaming usam e abusam desse recurso para indicar novas músicas e montar playlists para seus usuários. É considerado, inclusive, o maior valor que oferecem, ao invés dos vastos acervos que possuem, como muitos acreditam. O valor está na curadoria, e a máquina é de grande ajuda ao fazer a análise do enorme volume de dados.

Na outra ponta, a dos artistas, o apoio que as inteligências artificiais dão ao analisar o mercado e os gostos dos consumidores é inestimável. Elas trazendo informações valiosas para os produtores e compositores na hora de decidir quais caminhos trilhar em busca do novo hit que irá “quebrar a internet”.

Isso mostra como este tipo de tecnologia está influenciando a música como um todo. Porém, vai muito além. Um campo que pouco se fala é o uso da inteligência artificial na composição das músicas. Pode parecer conversa de ficção científica, mas é mais real e desenvolvido do que se pensa.

Experiências com o uso de inteligências artificiais na composição acontecem o tempo todo.

Já fizeram músicas no estilo dos Beatles:  

O Google permitiu que qualquer um criasse sua música baseada no trabalho de Bach (veja aqui), e mais recentemente, a Warner Music Group assinou contrato com uma inteligência artificial! Eles esperam lançar 20 álbuns até o final do ano e isso surpreendeu muita gente. Porém, precisamos analisar melhor a história antes de fazer grandes alardes.

A empresa Endel é dona da tecnologia e o tipo de trabalho que produz, são as chamadas músicas ambientes, muito semelhantes aos Lo-Fi que os millenials tanto apreciam (saiba mais). São batidas melódicas para ajudar a relaxar, focar ou dormir, como podemos acompanhar a seguir.

Ouvindo as músicas, podemos perceber que não é esse monstro de sete cabeças. A máquina é muito boa em analisar dados, por isso, ao “alimentá-la” com milhares de músicas existentes, ela se torna capaz de identificar padrões e reproduzir melodias e batidas, em modo randômico. Não deixa de ser surpreendente, mas não precisa ser visto como uma ameaça. Muito pelo contrário!

Essas inteligências artificiais precisam ser vistas como aliadas dos músicos e compositores. São ferramentas que democratizam a música, facilitando a entrada de novos criadores, o que é sempre positivo. Ela abre portas para novos caminhos, ampliando o mercado.

É sim uma mudança, uma quebra de paradigma, que vai exigir adaptação de todos, demandando que os profissionais se movimentem. Já que parados não chegamos em lugar nenhum, precisamos enxergar a oportunidade. Novos conhecimentos e habilidades nos levam além.  

Sem falar que a máquina ainda carece de elementos fundamentais, como a criatividade para fazer um poema musicado como Lenine e Tom Jobim, ou o sentimento à flor da pele expresso nas sofrências de Marília Mendonça e tantos outros. Falta alma! Isso só nós temos. O caminho é somar as habilidades analíticas da máquina e levar a música para novos horizontes. O futuro não é do conflito, mas sim da colaboração.

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