Publicado em 02/07/2023.
1 – Qual sua primeira lembrança cantando?
Desde criança vivi em um ambiente muito musical, minha mãe é muito afinada. Cantar era uma rotina para nós.
2 – Quais foram e são suas influências vocais?
Minhas influências vem do Rock e Metal. No gutural, me inspiro em vozes como George Fisher (Cannibal Corpse), Rachel Van Mastrig (Sinister), Sabina Classen (Holy Moses) e Peter Tägtgren (Hypocrisy). No melódico, posso citar André Matos (Angra/Shaman), Sharon Den Adel (Within Temptation) e Bruce Dickinson (Iron Maiden).
3 – Como é estar em frente a uma banda de metal?
Desde que entrei no Torture Squad, estou à frente não só como cantora, mas também componho e participo das decisões da banda. É algo que me dedico todo o tempo, e que me proporcionou oportunidades únicas como tocar no Rock in Rio e viajar ao redor do mundo.
4 – Como anda a cena do metal nacional? Sente que as mulheres estão cada vez mais envolvidas?
Sem dúvidas é o melhor momento para nós, as bandas com maior evidência no nosso cenário são formadas por mulheres, e observo cada vez mais o surgimento de novas bandas com mulheres em diversos instrumentos. Há também uma crescente de profissionais que trabalham no backstage e produção.
5 – Além de vocalista, você é professora de canto e produtora. Como consegue conciliar tantas funções?
Às quintas e às sextas são dias reservados para ensaios com minha banda. Os demais, divido entre produções e alunos que acompanho. A internet contribui muito com minha dinâmica, 80% do meu volume de alunos está concentrada no meu curso on-line. A atividade mais prazerosa para mim no momento é de produtora musical e artística, onde consigo compor e preparar novos cantores e contribuir com projetos que sou contratada para criar linhas vocais, arranjos e pré-produções.
6 – Sua especialidade é em vocal extremo, e algumas pessoas pensam que este estilo de vocal é simples e que não exige técnica. Como é sua rotina de cuidados com a voz? É mais difícil cuidar do vocal gutural (som rouco e grave profundo) do que limpo?
Existem muitas informações equivocadas sobre cantar com distorções vocais. Mas, felizmente, hoje existe muito material de estudo que desmistifica a imagem de que é algo que causa dano a voz. Você pode ter acesso a cursos de especialização, seminários e até congressos que abordam o tema, frequentemente participo deste circuito como palestrante. Qualquer estilo de canto exige cuidados vocais e preparo adequado, além de uma rotina que favoreça a manutenção da voz.
7 – Além da música extrema, você costuma escutar quais outros tipos de música?
Tenho escutado muito Marina and the Diamonds e Ashnikko nas minhas playlists, mas também gosto de música brasileira, como Secos e Molhados.
8 – Fala pra gente sobre seus próximos projetos e últimos lançamentos?
Este ano o Torture Squad se prepara para lançar um disco inédito no segundo semestre. Tenho algumas colaborações com a guitarrista Paula Carregosa, que devem ser lançados em Julho e também volto a gravar com o projeto Fanttasma. Tenho novidades também no YouTube mostrando os bastidores e dia a dia nas turnês. E nas minhas redes sociais sempre novidades em conteúdo sobre voz equipamentos e lifestyle.
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