E quem disse que o carnaval teve fim? Nesta semana, vamos sintonizar na frequência de Samir Trindade, compositor por trás de várias canções que fazem o Brasil dançar.
Com 23 anos de carreira, Samir coleciona grandes sucessos da folia baiana, sendo autor de hits como ‘Macetando’, ‘Largadinho’ e ‘Várias Novinhas’, entre outras músicas que embalaram muitos verões.
Esse ano, ele mostrou mais uma vez porque é referência: compôs o sucesso “O Verão Bateu em Minha Porta”, lançada por Ivete Sangalo, que explodiu nas rádios no pré-Carnaval.
Com carisma, talento de sobra e uma paixão contagiante pela música, Samir Trindade segue provando que, com ele, o Carnaval pode durar o ano inteiro.
Vem sintonizar com Samir Trindade!
Como compositor especializado em hits para o carnaval, quais elementos você considera essenciais para emplacar músicas de forma tão expressiva?
R: Costumo estar atento à linguagem e às expressões que têm a cara da rua. É preciso transmitir uma alegria sem amarras, entendendo que o Carnaval passa rapidamente e que as pessoas querem, acima de tudo, se divertir.
Você tem uma carreira extensa e, ao longo desse tempo, contribuiu com diversos sucessos. Como funciona a sua rotina de composição e seu processo criativo?
R: São 23 anos compondo. Nessa caminhada, que ainda considero estar no começo, fui adquirindo certa experiência, e isso se deu pelo volume de sons, batuques, vivências, erros, acertos e pelas parcerias, que ensinam e aprendem reciprocamente.
Meu processo criativo é movido por três forças: o gostar, o saber e o precisar. Quando não estou tão a fim, lembro que preciso. Quando não estou precisando tanto, lembro que gosto. E quando parece que vou deixar de gostar, algo me prova que ainda sei fazer, e eu volto, humildemente, para a música.
Você tem recebido diversos prêmios pelo seu trabalho, além de várias indicações pelas suas composições no carnaval de 2025. Como tem sido pra você alcançar esse reconhecimento?
R: Acho maravilhoso vencer, todos nós merecemos reconhecimento pelo que entregamos com excelência há bastante tempo. É difícil alcançar um determinado patamar, mas se manter nele é ainda mais desafiador.
Sobre os troféus, talvez fosse interessante se existissem exemplares também para quem faz a música, e não apenas para quem a interpreta. Ter em mãos esse símbolo de vitória fortalece a representatividade e também conta história.
Passado o carnaval, quais são os planos para o ano?
R: O trabalho não para, até o ócio é produtivo. Um pouco de descanso pós carnaval e pé na estrada em busca de outras realizações. Transitar em todo tipo de repertório é a minha característica principal. Em paralelo, sigo na pré-produção de um som autoral que mostrará o lado “B” da minha criatividade.
Como tem sido a sua experiência na Abramus? Como avalia o trabalho da Associação na proteção do direito autoral?
R: Não me recordo há quanto tempo estou na Abramus, mas acho que isso reflete satisfação. É bom se sentir em casa, e a equipe tem o talento de fazer isso acontecer.