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Sintonizando com Julia Smith

Julia Smith é uma artista completa: cantora, produtora, compositora e guitarrista. A capixaba vem chamando a atenção por suas várias qualidades musicais, e pela garra que demonstra ao investir em sua carreira.

Com pouco mais de dez anos de carreira, Julia tem uma longa história de desafios e sonhos realizados. Entre as curiosidades de sua trajetória estão a participação no concurso de guitarra “Queen of Strings”, onde foi finalista, e a recente parceria com o cantor Buchecha, fruto da participação em um concurso do artista no TikTok.

Vem sintonizar com a Julia Smith!

Recentemente, você teve uma parceria na música “Sinônimos”, com o cantor Buchecha. Pode contar como surgiu essa colaboração? E como está se desenvolvendo?

R: Buchecha estava lançando um álbum só com mulheres e queria uma cantora nova para trazer algo diferente. Ele fez uma ação no TikTok e então nos conhecemos. Inicialmente, era para gravarmos um cover de “Quero te Encontrar”, mas houve essa abertura de tentar compor algo juntos.

Eu me animei, fiz uns sete beats e mandei para o produtor. O Buchecha conta que quando recebeu o e-mail abriu aleatoriamente esse que era o que e mais acreditava. Então começou a cantar e encaixou direitinho a letra que ele já tinha. Tirou a pré-produção e usou o meu beat.

Participamos recentemente do “Programa do Faro”, do TVZ ao vivo e gravei para o programa da Virginia para divulgar essa parceria. Está sendo um sonho porque eu já fiz shows de 25 mil pessoas e o programa foi o mais difícil. E é meio que um choque porque a gente quer tanto isso, sabe? E quando acontece é muito marcante. Na hora de entrar no palco, é muita correria lá atrás. O Buchecha entrou primeiro já que ele ia cantar duas músicas, e eu fiquei esperando a contagem até dar o tempo de entrar. Foi nesse instante que a adrenalina subiu, não estava tão nervosa assim, mas me senti vivendo um sonho.

Para quem está começando, esse tipo de apoio é importante?

R: Sim, faz total diferença. Sempre quis que alguém conseguisse me enxergar. Estou fazendo shows e tudo, mas também estou tendo esse espaço com ele. Fora isso, tenho tido algumas outras oportunidades bem legais, como o Vitinho, vocalista do “Onze:20” Tem sido um momento de muito trabalho!

E de onde veio a sua paixão pela música? Foi alguma influência familiar?

R: Minha família materna é muito musical, muito ligados ao samba. Meu avô, é marceneiro e também compositor, ama o violão e a música. Quando eu tinha 4 anos meus pais me colocaram para fazer violino. Passou o tempo, eu arrisquei no violão, fiz duas notas e deu certo! Como eu já tinha a base musical do violino, o violão foi bem tranquilo em seguida fui para a guitarra. Cheguei a ter uma banda de pagode onde aprendi cavaquinho também.

Além de cantora, você é guitarrista, compositora e produtora. De onde vem sua inspiração e como são esses processos para você?

R: É meio que do nada. Eu gosto de ler alguma coisa, ou assistir alguma série e eu penso “nossa, essa é uma frase legal” e anoto no celular. Já aconteceu de vir inspiração no chuveiro e gravo correndo para não correr o risco de esquecer. Mas também aqueles momentos em que a gente precisa entregar uma música e a inspiração não vem… não tem jeito, tem que sentar e começar a escrever até a composição sair!

Olhando para a Julia Smith de 10 anos atrás, quais os desafios você superou e o que deseja daqui para frente?

R: Acho que o maior empecilho foi eu mesma, porque tive muito medo. Sair da minha cidade e vir para São Paulo foi uma grande mudança. Na época da pandemia, tive síndrome do pânico e foi muito dificil não me sentir no controle. Só consegui ficar bem com terapia e quando entendi que é mais fácil me preocupar com as coisas que consigo resolver.

Também foi muito estranho quando um jornalista pediu para falar sobre mim e as minhas composições favoritas, porque durante a pandemia, uma tia minha teve câncer e eu escrevi uma música que se chama “Tudo Vai Passar”, para dizer que as coisas boas e ruins passam. Depois o meu pai teve câncer e a minha avó também. Foi muito difícil lidar com todas essas questões emocionalmente. Então, enfrentando essas coisas, escrevi “Sem me Preocupar”, uma canção importante que é uma mensagem para a vida e para Deus. E eu nunca tinha feito essas conexões até vir essa pergunta para mim. Quando comecei a acreditar no meu propósito, foi onde eu vi que ele sempre esteve ali.

E logo depois, veio o concurso do Buchecha, que está abrindo portas que eu sempre sonhei. Acredito que todo mundo tem esse processo de entender as coisas e acreditar, e o artista só quer ser ouvido e as pessoas não ouvem. E quando vem um grande artista e acredita na gente, fica um pouco mais fácil.

E para o futuro, desejo que vocês conhecem o meu nome. Quero fazer música boa, serer sempre de verdade e colaborar com pessoas que eu admiro.

Para você, como tem sido a experiência com a Abramus? 

R: Estou muito feliz com a Abramus pois não tem complicação. A plataforma é muito fácil e todo mês eu sei que tem o relatório bem detalhado. É muito transparente. Já fui de outra sociedade e desde que migrei para a Abramus nunca mais tive problemas. E é muito bom poder estar aqui agora, dando essa entrevista, só tenho a agradecer!

Texto: Barbara Freitas, com supervisão de Lorena Storani | Arte: Marcela Maciel

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