541. Festa de São João: origens, ritmos e tradições
Publicado em 05/07/2023
Todo mundo ama pular uma fogueira, fazer quadrilha, viver a tradicional festa de São João e isso, não há como negar! Ainda mais com tanta comilança e alegria que essas celebrações trazem, não é mesmo?
Mas talvez você não conheça a real origem desse evento tão popular e importante, que se inicia como uma celebração aos deuses, passa por uma transição simbólica do catolicismo, realiza um intercâmbio cultural e se apresenta hoje como um marco nacional.
A origem europeia atravessa oceanos e hoje se torna uma das celebrações mais importantes tanto culturalmente quanto em termos de economia local e turismo brasileiro.
Vamos do início?
Tudo começou na transição da Idade Antiga para a Idade Média quando, em toda segunda quinzena de junho, havia o solstício de verão na Europa.
Essa transição simbolizava uma nova era para as plantações, cultivos e colheitas, que mediante as crenças na época, era o momento de honrar e agradecer aos deuses com oferendas e celebrações.
Um desses deuses do cultivo era Adônis, que tinha seu amor arduamente disputado por outras duas deusas: Afrodite (deusa do amor) e Perséfone (deusa do inferno). Segundo a história, a briga foi apaziguada por Zeus, que determinou que Adônis se dividisse ao longo do ano entre as duas, passando seis meses com Afrodite, nos céus, e outros seis meses nas trevas com Perséfone.
As fases em que Adônis passava com Afrodite simbolizavam a colheita, o verão, e já com Perséfone, o inverno, o frio e a impossibilidade de plantio. E era nesse mês de transição, de um amor para outro, que foi escolhido o dia 24 de junho como o dia de culto ao deus Adônis.
Com a chegada do Cristianismo como uma possibilidade aos povos da Idade Média, o nome Adônis foi substituído por São João Batista.
Ambas as culturas creem no deus e/ou santo como um símbolo de “boas novas”, boas notícias, novidades e energias positivas de um novo ciclo que se aproxima. Um renascimento.
No seguimento da narrativa cristã, São João Batista teria sido quem batizou Cristo no Rio Jordão. E nessa “transição” de versões, algumas simbologias permaneceram, sendo uma delas a tradicional fogueira que podemos encontrar até hoje na famosa festa junina, tão popular no Brasil.
A chegada dessa celebração e costume no Brasil se deu através da colonização, que, com o cristianismo sendo a principal ferramenta utilizada como doutrinação dos portugueses sobre os povos indígenas, assim como os africanos trazidos escravizados para o Brasil, esse encontro com o santo São João Batista foi sendo adaptado nesse “esbarrão” das culturas diversas.
Ao longo do tempo, as festas foram se adaptando e ganhando características próprias, de forma que a influência indígena trouxe elementos como dança do pau de fica e a utilização de flores e plantas na decoração. Já a influência africana já pode ser percebida pelas danças de origem afro-brasileira, como o coco, bumba-meu-boi e quadrilhão.
As Festas Juninas se espalharam por todo o território brasileiro, tornando-se uma expressão cultural marcante e um reflexo da diversidade do país. Cada região do Brasil tem suas próprias tradições e costumes durante as festividades juninas. No Nordeste, por exemplo, é comum a realização de grandes festas de rua, com apresentações de quadrilhas, comidas típicas como milho cozido, canjica, pamonha e as famosas fogueiras. Já no Sudeste, os arraiás – nome local – costumam ser mais intimistas, com festas em quintais e chácaras, mas que também mantêm a tradição das danças e comidas típicas.
Esse período do ano também é um forte fomento para as músicas e artistas tradicionais dos gêneros do Forró, Xote e Piseiro. De acordo com as as tendências anuais e musicais, gêneros contemporâneos como o Sertanejo Universitário também entram na roda da fogueira.
É comum ouvir Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, João Gomes, Gusttavo Lima, Luiz Gonzaga, Azulão, Dominguinhos, Tarcísio do Acordeon, Wesley Safadão, Dorgival Dantas, entre outros, nessas celebrações de Junho, e muitas vezes acaba sendo uma época do ano que rende muito aos fonogramas executados nas festas.
Fonte: Folha de São Paulo.
As Festas Juninas ou Festas de São João, além da celebração, também apresentam um momento de união e valorização das tradições culturais brasileiras, além de ter um papel importante na economia local, impulsionando o turismo em diversas regiões do país.
Apesar das mudanças sociais e culturais ao longo dos anos, essas festas se mantêm vivas, preservando a riqueza das tradições populares e proporcionando momentos de alegria e confraternização.
542. Ampliação da amostragem do segmento de Rádio + Direitos Gerais
Publicado em 07/07/2023.
Com o objetivo de tornar cada vez mais abrangente o critério de distribuição desse segmento, a partir da distribuição de julho de 2023 a amostra será ampliada em 50%, passando de 200.000 para 300.000 execuções no trimestre. Essa distribuição é referente às músicas que foram executadas nos meses de janeiro, fevereiro e março deste mesmo ano nas rádios adimplentes de todo o Brasil.
Essa ação faz parte do Plano de Distribuição Direta de Rádio, que está em construção, preparando os sistemas e processos de recebimento, verificação, validação e identificação musical para que estejam preparados para este salto na quantidade de execuções processadas a cada período. A gestão coletiva vem trabalhando para tornar a distribuição de rádio a mais direta possível, atendendo a uma demanda antiga dos compositores, músicos e demais titulares.
É importante ressaltar que a metodologia de amostragem utilizada pelo Ecad no segmento de Rádio + DG conta com a chancela do Ibope, o que certifica que o processo praticado é uma forma correta de retribuição aos artistas que têm suas músicas executadas nas rádios, reforçando o compromisso da gestão coletiva em remunerar, de forma cada vez mais precisa, os compositores, intérpretes, músicos e demais titulares.
Essa é mais uma iniciativa das associações de música e do Ecad com o objetivo de aprimorar os seus critérios de distribuição, a fim de garantir aos titulares de música a valorização de seu trabalho em cada segmento de execução pública, além de proporcionar uma remuneração cada vez mais adequada.
Fonte: Informativo Ecad.
543. Threads: A Rede Social do Momento
Publicado em 12/07/2023.
As redes sociais têm desempenhado um papel fundamental na forma como nos comunicamos e nos conectamos com outras pessoas. Recentemente, uma nova plataforma chamada Threads tem chamado a atenção, especialmente entre artistas e seus fãs. A Threads oferece uma oportunidade única para os artistas se aproximarem de seu público, entenderem seus pensamentos e emoções, humanizarem sua imagem e criarem uma comunidade orgânica e engajada.
Uma das principais vantagens do Threads é a capacidade de estabelecer uma conexão direta e íntima com o público. Por meio de recursos como mensagens diretas e atualizações diárias, os artistas podem compartilhar momentos especiais de suas vidas, promover novos projetos e receber feedback imediato de seus fãs. Essa proximidade ajuda a construir um relacionamento mais autêntico e duradouro entre o artista e seu público.
Threads oferece uma variedade de recursos que permitem aos artistas entenderem o que seus fãs estão pensando e sentindo. Enquetes, pesquisas e discussões em grupo permitem que os artistas coletem opiniões e feedbacks valiosos, ajudando-os a compreender as necessidades e desejos de seu público-alvo. Essa compreensão aprofundada pode influenciar suas decisões criativas e estratégicas, levando a um conteúdo mais relevante e satisfatório para os fãs.
Muitas vezes, os artistas são vistos como figuras inalcançáveis e distantes. A Threads quebra essa barreira, permitindo que os artistas mostrem seu lado humano e autêntico. Por meio de posts mais pessoais, compartilhamento de bastidores, reflexões sobre a vida e até mesmo conversas casuais, os artistas podem se humanizar aos olhos dos fãs, tornando-se mais acessíveis e criando uma conexão emocional mais profunda.
Uma das melhores maneiras de envolver os fãs é compartilhar os bastidores de projetos e performances. Threads permite que os artistas mostrem aos fãs o processo criativo por trás de seus trabalhos, oferecendo uma visão exclusiva e envolvente do seu mundo artístico. Esse compartilhamento pode ser desde de uma composição em sendo escrita em quarto de hotel, sua respectiva gravação em estúdio, ensaios da banda, planejamento de turnê, e até mesmo as angústias e ansiedades de todo esse mercado e seus processos.
É possível, e, é de gosto do público acompanhar o passo a passo de um artista, principalmente pelo deslumbramento que há da vida deste cantor ou cantora.
Além disso, o compartilhamento de reflexões, aprendizados e desafios enfrentados ao longo do caminho ajuda a construir uma conexão genuína com os fãs, que se sentem mais próximos e engajados.
Uma comunidade ativa e engajada é um dos ativos mais valiosos que um artista pode ter. Threads proporciona um ambiente propício para a criação de uma comunidade orgânica, onde os fãs podem interagir entre si, compartilhar suas experiências e se conectar por meio de interesses comuns. Os artistas podem incentivar essa interação, realizando bate-papos ao vivo, desafios criativos e até mesmo oferecendo recompensas exclusivas para os membros mais ativos da comunidade. Essa atmosfera de engajamento e colaboração fortalece o vínculo entre o artista e seus fãs, criando uma base sólida de apoio e lealdade.
A rede social Threads apresenta uma série de oportunidades únicas para os artistas se conectarem com seu público de maneira autêntica e significativa. Desde a proximidade com o público até a criação de uma comunidade engajada, essa plataforma permite que os artistas compartilhem suas vidas e experiências, humanizem sua imagem e criem um ambiente de interação e colaboração. Para os artistas que desejam estabelecer uma relação mais próxima e duradoura com seus fãs, o Threads pode ser a chave para alcançar esses objetivos e fortalecer sua presença no mundo digital.
544. Quais são as diferenças entre single, EP e álbum?
Publicado em 19/07/2023.
Muitos artistas, cantores e compositores ficam em dúvida. Por onde eu começo?
“Eu gravo um single? Um EP? Um álbum?”
Afinal, qual é a diferença entre eles?
Hoje vamos desvendar as vantagens e desvantagens de cada um desses formatos e qual indicamos de acordo com o momento de carreira de cada artista.
Cada um desses formatos requer um investimento distinto, um planejamento maior ou menor, assim como uma determinação exclusiva para cumprir demandas e prazos que existem a partir do objetivo traçado pela produção do artista ou próprio artista autogestor.
Afinal, ninguém quer investir e produzir um fonograma que não alcance o público que sonha, certo?
Vamos lá?
Como o próprio nome diz, significa que será uma música em específico. Um tema, uma narrativa.
Costuma-se produzir como single a música que o artista determina como carro-chefe, ou seja, a canção com maior potencial de atingir um público, se tornar o grande hit.
O single acarretará em um investimento mais assertivo, uma linha editorial
para promover o fonograma, uma capa, um upload, um clipe (se for o caso).
Tudo será mais “controlável”, digamos assim.
Assim como o investimento em mídia paga, itens promocionais, media kit etc.
Um ponto importante também a ser mencionado, é que muitas vezes o single também funciona como um “teaser” de um EP ou álbum, como se fosse uma prévia do que se pode esperar do conceito do trabalho completo, ou ser o grande chamariz para que o público fique atento aos próximos lançamentos.
Um EP pode variar em temática e quantidade de faixas, pois essa nomenclatura abriga de 3 a 7 faixas e atua como um modo intermediário entre o single e o álbum.
O investimento pode variar de acordo com a quantidade de fonogramas, assim como os produtos audiovisuais se for de desejo do artista (clipe ou visualizer). Mas da mesma maneira que o single precisa de capa, o EP também.
Uma coisa interessante é que o EP pode tanto abrigar apenas um conceito, como também poderá unificar vários singles de diferentes temáticas, ou seja, várias capas e vários uploads para as plataformas/distribuidoras.
O EP é um formato ideal para o músico intermediário, que já tem uma certa maturidade mas ainda está descobrindo seu público e potencial artístico.
Mas importante lembrar, que da mesma maneira que foi necessária para o formato single, você também irá precisar de planejamento, foco, investimento e seus respectivos registros de obra e fonograma em dia.
Este é o modelo mais robusto e de maior amadurecimento de um artista.
Recomenda-se que seja feito após o artista atingir um certo nível de experiência, pois ele apresenta um conceito completo, faixas que conversam entre si, ou seja, um conceito muito bem elaborado.
O próprio álbum se constitui em uma obra.
O formato varia de 8 a 20 faixas, precisando de mais tempo de elaboração, investimento em estúdio e planejamento. Em alguns casos, making of das gravações e etapas para que se tornem produtos de divulgação futuramente.
No caso do álbum, diferentemente das possibilidades do EP, é mais comum se optar por uma capa apenas, que represente o conceito como um todo.
Cada formato musical – single, EP e álbum – possui sua própria importância e propósito na indústria da música. O single atrai a atenção inicial do público, o EP permite ao artista experimentar diferentes ideias e temas, e o álbum é a obra completa que representa a visão artística do criador.
Compreender essas diferenças pode ajudar tanto os fãs a apreciar melhor a música quanto os artistas a planejar seus lançamentos de forma estratégica e significativa. Portanto, seja você um amante da música ou um artista em busca de novos projetos, aproveite a riqueza desses formatos musicais e desfrute de toda a diversidade que eles trazem ao mundo da música.
E você, já sabe qual é o formato de seu próximo lançamento?
545. Carta aberta
Publicado em 21/07/2023.
Com a proliferação da Inteligência Artificial (IA), artistas, criadores e intérpretes devem ser respeitados, proteger a criatividade humana, defender os princípios de direitos autorais e desenvolver e aplicar práticas de licenciamento justas. Ao mesmo tempo, soluções globais devem ser adotadas para garantir que as empresas de IA paguem a artistas, intérpretes e criadores cujas obras são exploradas.
O avanço da IA foi rápido e sem precedentes. Governos de todo o mundo reconhecem a magnitude e as possíveis repercussões do uso da IA em nosso cotidiano, motivo pelo qual priorizaram as medidas destinadas a resguardar os interesses do público em geral, ao mesmo tempo que procuram preservar a inovação e progresso tecnológico.
O setor cultural e a comunidade criativa internacional estarão entre os mais afetados pelo desenvolvimento do uso desenfreado de modelos de IA. Entidades ao redor do mundo tem ouvido artistas, criadores e intérpretes cujas obras estão sendo usadas pela IA sem autorização, remuneração ou mesmo reconhecimento, muitas vezes sob o pretexto de “pesquisar”. Além disso, há uma mal estar social em torno de obras geradas por IA, identificadas como feitas através da criatividade humana.
O setor cultural e a comunidade criativa internacional reconhecem que há uma série de recursos úteis nos quais a IA em geral está sendo aplicada atualmente. No entanto, no caso da IA generativa, há uma necessidade clara e urgente de os governos em todo o mundo tomarem medidas, adaptar e melhorar as atuais regras. É imperativo que o setor cultural e a comunidade criativa internacional estão presentes nos debates para garantir que seus interesses sejam levados em consideração e que os sistemas de IA sejam transparentes, éticos, justos e legais.
As organizações abaixo-assinadas, representando mais de 6 milhões de criadores, intérpretes e editoras de todo o mundo, conclamam governos e formuladores de políticas que se comprometam a desenvolver e adotar políticas e legislação consistentes com os sete princípios:
1 – Defender e proteger os direitos dos criadores e intérpretes quando utilizados por sistemas de IA
Os sistemas de IA analisam e extraem grandes quantidades de dados, muitas vezes sem autorização. Esses conjuntos de dados consistem em obras e performances musicais, literárias, visuais e audiovisuais protegidas por Direitos Autorais. Esses trabalhos protegidos por direitos autorais e conjuntos de dados têm valor e os criadores e artistas devem poder autorizar ou proibir a exploração e representação de suas obras além de ser compensado por esses usos.
2 – As licenças devem estar ativadas e ser compatíveis
Deve haver soluções de licenciamento para todas as explorações possíveis de obras, representações e dados protegidos por direitos autorais por sistemas de IA. Isso estimularia trocas entre os inovadores que precisam dos dados e os criadores e intérpretes que eles querem saber como e até que ponto suas obras serão usadas.
3 – Exceções para a mineração de textos e dados que não prevejam o opt-out efetivo por parte dos titulares de direitos devem ser evitados
A introdução de exceções, inclusive para mineração de texto e dados (TDM), que permitem os sistemas de Sistemas de IA explorar obras e representações protegidas por direitos autorais sem autorização ou sem remuneração para os mesmos. Algumas exceções já existentes precisam ser esclarecidas para “dar segurança” jurídica aos criadores e intérpretes dos dados subjacentes e aos sistemas de IA que desejam beneficiar deles.
4 – Os créditos sempre devem ser reconhecidos
Os criadores e artistas devem ter o direito de obter reconhecimento e créditos quando suas obras são exploradas por sistemas de IA.
5 – Devem ser aplicadas obrigações de transparência para garantir práticas mais justas na IA
As obrigações legais relativas à divulgação de informações devem ser aplicadas. Estes devem conter (i) a divulgação de informações sobre o uso de obras criativas e representações por sistemas de conteúdo AI, de forma suficiente para permitir a rastreabilidade e licenciamento; (ii) a identificação do obras e representações criadas por sistemas de IA, como tal. Isso garantirá uma abordagem justa para criadores, intérpretes e consumidores de conteúdo criativo.
6 – Responsabilidade legal para operadores de IA
Também deve haver requisitos legais e responsabilidade efetiva para empresas de IA manter registros relevantes. Os operadores de IA também devem ser efetivamente responsabilizados por atividades e resultados que violem os direitos dos criadores, artistas e proprietários de direitos.
7 – A IA é apenas um instrumento a serviço da criatividade humana e dos entendimentos jurídicos internacionais deve reforçar isso
Os modelos de IA devem ser vistos como uma ferramenta a serviço da criatividade humano. Embora haja um espectro de possíveis níveis de interação entre humanos e IA é necessário definir a natureza de proteção de obras e representações. Os formuladores de políticas devem deixar claro que obras totalmente autônomas geradas por IA não podem ser beneficiadas no mesmo nível de proteção que as obras criadas pelo homem. Este tópico deveria ser prioridade urgente em discussões globais que necessitam ser iniciadas com urgência.
A Abramus tem participação ativa em diversas organizações internacionais importantes que assinaram a carta:
SCAPR – Na SCAPR, o CEO da Abramus, Roberto Mello, faz parte do Conselho de Administração (Board).
CIAGP – Na CIAGP, a diretora da Autvis, Fabiana Nascimento, também integra o Conselho de Administração (Board).
ALCAM – A Abramus é a fundadora da Aliança Latino-Americana de Compositores e Autores Musicais (ALCAM), e seu diretor, Juca Novais, atua como vice-presidente da aliança.
CIAM – Na CIAM, Juca Novaes ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho Mundial. CISAC – A Abramus é um membro permanente da CISAC há 30 anos.
Assinam a Carta Aberta:
AEPO-ARTIS – organização sem fins lucrativos e a voz suprema das organizações de gestão coletiva de artistas intérpretes na Europa. Seus 38 membros representam mais de 650.000 atores, músicos, dançarinos e cantores ativos nos setores audiovisual e de áudio. https://www.aepo-artis.org/
ALCAM – Aliança de Compositores e CantAutores da América Latina, é uma organização composta exclusivamente por autores e compositores da América Latina. Trabalha diariamente para promover e conscientizar sobre os legítimos direitos morais e econômicos de todos os artistas, além de defender uma remuneração justa por seu trabalho criativo. Também é uma plataforma para unir os interesses dos criadores na América Latina e defender seus direitos. www.alcamusica.org/.
AMA – Academia de Música Africana, dedica-se a celebrar as conquistas dos criadores de música africana. A AMA é membro associado e parceira regional da CIAM.
APMA – Lançada no Fórum Mundial de Criadores em Pequim, em novembro de 2016. Ela reúne compositores de toda a região, e sua carta de princípios e intenções foi assinada por criadores de 15 países e territórios, incluindo Austrália, Mongólia, Nova Zelândia, Taiwan, Tailândia, Coreia do Sul, Japão e Vietnã. A APMA ajuda artistas locais a unir suas vozes, compreender seus direitos, aumentar a conscientização e orientar organizações para proteger os criadores e suas obras. www.musiccreatorsap.org.
CIAGP – Conselho Internacional de Criadores de Artes Gráficas, Plásticas e Fotográficas que reúne criadores no campo das artes visuais e plásticas de todo o mundo. A organização serve como um fórum para a troca de informações, ideias, melhores práticas, experiências e orientações práticas sobre a administração dos direitos dos autores visuais. Inclui ferramentas e atividades destinadas a promover os interesses morais, profissionais, econômicos e legais dos autores visuais.
CIAM – Conselho Internacional de Criadores de Música (CIAM) que defende as aspirações culturais e profissionais dos criadores de música. A missão da CIAM é servir como a voz global unificada dos criadores de música de todos os repertórios e regiões do mundo. www.ciamcreators.org . A CIAM trabalha para apoiar suas organizações associadas em diferentes regiões do mundo. www.ciamcreators.org/.
CISAC – Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores – é a principal rede mundial de sociedades de autores. Com 225 sociedades membros em 116 países, a CISAC representa mais de quatro milhões de criadores de todas as regiões geográficas e repertórios artísticos, incluindo música, cinema, artes cênicas, literatura e artes visuais. A CISAC é presidida pelo cantor e compositor Björn Ulvaeus, cofundador do ABBA. www.cisac.org.
ECSA – Aliança Europeia de Compositores e Autores Musicais, é uma rede europeia cujo principal objetivo é defender e promover os direitos dos autores musicais em nível nacional, europeu e internacional. A Aliança defende condições comerciais justas para compositores e letristas e se esforça para melhorar o desenvolvimento social e econômico da criação musical na Europa. A ECSA colabora com seus membros localizados em toda a Europa e se esforça para melhorar o desenvolvimento social e econômico da criação musical na Europa e além www.composeralliance.org/.
IMPF – representa internacionalmente os editores musicais independentes. É a principal organização mundial de comércio e defesa que ajuda a estimular um ambiente de negócios e comércio mais favorável à diversidade artística, cultural e comercial para os editores independentes de música em todo o mundo, bem como para os autores e compositores que representam. https://www.impforum.org/.
MCNA – Music Creators North America é uma aliança de organizações de compositores e letristas independentes que defendem e educam em nome da comunidade de criadores de música da América do Norte. Além disso, como membro da CIAM, a MCNA trabalha com alianças irmãs na Europa, América Latina e do Sul, Ásia e África para promover os interesses dos criadores de música em todo o mundo www.musiccreatorsna.org.
SCAPR – É a federação internacional que representa as Organizações de Gestão Coletiva de Intérpretes (CMO). A principal missão da SCAPR é apoiar, promover e manter um sistema global de arrecadação e distribuição de royalties para artistas intérpretes ou executantes que seja justo, eficiente, preciso, transparente e em constante melhoria. Atualmente, a SCAPR representa 58 CMOs de 42 países, que arrecadam em nome de mais de 1 milhão de artistas.
546. Pagamento de JULHO disponível!
Publicado em 26/07/2023.
O pagamento de JULHO já está disponível!
Confira as rubricas contempladas este mês:
Clique aqui e veja as definições das rubricas.
Mantenha sempre seu cadastro atualizado em cadastro.titular@abramus.org.br
547. Replay de julho
Publicado em 26/07/2023.
No quadro “Me Ajuda, Abramus?”, explicamos detalhes sobre o que é o ISWC.
Para alguns de vocês, sabemos que é apenas mais uma sigla do cotidiano do mercado fonográfico e, para outros, uma incógnita a ser desvendada.
Mas calma, está tudo bem. A Abramus te ajuda.Entenda mais aqui.
Mayara Puertas foi a entrevistada em nosso “Sintonizando”. A vocalista de metal conta sobre suas grandes conquistas, como o título de segundo lugar como melhor vocalista brutal de 2022 na premiação internacional “FemMetal Awards” e como foi cantar no Palco Sunset do Rock in Rio 2019.
Quer conferir a entrevista na íntegra?
Acesse aqui.
Armandinho foi homenageado em nosso quadro “Associado Abramus”, e juntos relembramos sua longa trajetória na música, desde sua juventude na escola até os dias de hoje.
Com grandes sucessos que atingiram milhares de brasileiros, o compositor de reggae, rock e surf music segue equilibrando sua vida de maneira saudável entre os palcos e as ondas.
Conheça um pouco mais sobre o autor do hit “Desenho de Deus”.
As amostragens do segmento de Rádio e Direitos Gerais foram ampliadas. O que antes era de 200.000 execuções passou a ser de 300.000.
Um belo salto, não?
Essa novidade faz parte da ação do Plano de Distribuição Direta de Rádio, que busca trazer um caminho mais direto possível entre rádio e o Ecad junto às associações de gestão coletiva.
O Dr. Victor Drummond, especialista em Propriedade Intelectual, levanta a reflexão e o debate sobre os malefícios e benefícios da nova era de Inteligência Artificial.
Já está por dentro da nova rede social?
Dos mesmos criadores do Facebook, a concorrente do Twitter: Threads.
Ela chega repleta de novas ferramentas e promessas aos usuários, inclusive aos artistas, que agora possuem mais uma ferramenta de aproximação com o seu público.
Entenda todas as vantagens possíveis para quem trabalha com música.
Xuxa Meneghel lança diversos produtos digitais, e o Xuxaverso, junto com sua série documental produzida pela Globoplay. A Rainha dos Baixinhos compartilha sua história e um pedacinho de seu universo com seus superfãs.
Quais são as diferenças entre single, EP e álbum?
A gente descomplica para você.
Confira em nosso blog os detalhes de cada formato e o momento de carreira indicado para investir nessa escolha.
Lourena, cantora e compositora carioca, teve o raio-x de sua carreira e trajetória em nosso “Associado Abramus”, quadro especial em nosso Instagram que apresenta diversas curiosidades e trajetória sobre o artista.
Marcos Valle caminha para os 80 anos, e repleto de celebrações: lança turnê especial, anuncia álbum de músicas inéditas e retorna às prateleiras LP de sucesso da década de 90.
Veja mais aqui.
Aqui no Replay, todas as novidades, notícias, artigos e entrevistas em um único lugar! Aproveite para ficar por dentro em tempo real e nos siga nas redes sociais.
548. Sintonizando com Vitor e Gustavo
1 – “Em Busca de um Sonho” é o DVD mais recente de vocês, com várias faixas e participações especiais. Como foi o processo de criação desse trabalho e a escolha das músicas que fariam parte do álbum?
Preferimos gravar nosso Projeto “Em Busca de Um Sonho” em nossa cidade natal, São José do Rio Preto/SP devido a fidelidade do público com a gente, numa quarta-feira colocamos 3 mil pessoas no Villa Império!!! Fechamos a produção musical com o Marco Gatto, produtor da dupla Matogrosso e Mathias. Aproveitamos e já convidamos a primeira dupla a participar do projeto, a dupla Matogrosso e Mathias, em uma canção de autoria nossa – Joga Fora (Vitor e Gustavo). Devido ao Mathias ser nosso primo, a gente contou muito com a ajuda dele em trazer os outros Feats pro projeto, dentre eles Gian e Giovane, João Carreiro, US Agroboy, Althair e Alexandre e a cantora Giovanna Guidotti. Daí então veio a escolha do repertório, parece que as canções foram feitas para as participações, pois se encaixaram perfeitamente no estilo de cada artista participante. Acreditamos muito em Deus, pois quando ele coloca as mãos tudo sai perfeitamente.
2 – Como foi a experiência de trabalhar ao lado de Gian & Giovani na faixa “O Pedido”? Vocês poderiam compartilhar conosco um pouco sobre o processo de criação da música e como surgiu a oportunidade de colaborar com esses artistas renomados do sertanejo?
Fazer um Feat com Gian e Giovani em nosso projeto foi a realização de um sonho mesmo, pois no início da nossa carreira a gente cantava tudo de Gian e Giovani. São nossos ídolos na música, e contar com eles nesse DVD foi gratificante demais. Quando ouvimos a música “O Pedido” tivemos a certeza que era a cara da dupla Gian e Giovane, e já colocamos ela no repertório. O Marco Gatto já fez uma prévia da produção e encaminhamos pra dupla para aprovação. Eles adoraram a música e já aprovaram na hora pro Feat. Esta canção é uma das apostas do nosso projeto.
3 – Com mais de 20 anos de carreira, vocês têm conquistado cada vez mais a região em que moram com suas músicas. Como descreveriam a evolução da dupla ao longo desses anos e o que acreditam ser o diferencial que cativa o público?
Com a gravação desse projeto percebemos que o público nos abraçou com mais força, pois a gente sente o carinho dos fãs através dos comentários em redes sociais, e também nos shows. Muitas pessoas falando do trabalho, das músicas, dos feats e que nossa hora chegou, pois é um projeto bem produzido, nos levou a relevância de uma cara nova no cenário musical. Manter a essência, o carisma e a humildade são primordiais, e com vozes únicas, sem imitar ninguém, acreditamos que esse é o nosso diferencial no mercado da música.
4 – Vocês transitam entre o sertanejo universitário e o clássico, o que confere um estilo eclético à sua música. Como definiriam a identidade musical de Vitor & Gustavo?
Devido a nossa longa experiência de 23 anos de carreira definimos nossa identidade musical bem eclética, pois os barzinhos foi uma escola pra gente. Cantávamos todos os estilos musicais e isso realmente nos proporcionou uma experiência grandiosa em cantar todos os estilos.
5 – Com quase 2 milhões de visualizações no YouTube, vocês têm uma base de fãs fiel e engajada. Como a interação com o público influencia o trabalho de vocês e de que forma os feedbacks dos fãs se refletem na música que produzem?
Esse carinho que o público nos trata nos cativa e nos dá forças cada vez mais para continuarmos acreditando na gente, nesse novo projeto que está sendo um divisor de águas na nossa carreira. Ver tantas mensagens de carinho, e elogios as canções é muito importante para energia do projeto fluir, pois sem os fãs não existiria os artistas. É maravilhoso pessoas dizendo que a música “Capelinha de Tábua” com Feat. do João Carreiro vai ser a música de casamento delas. É gratificante demais pra gente, e com isso temos mais ainda a certeza de que nossa música está dando certo!
6 – Conte pra gente o que vem por aí….
Com nosso escritório CAPA PRODUCOES e a E. PRATA MUSIC, temos a certeza de muitas novidades aos fãs e novos projetos grandiosos pela frente, trazendo um Show Audiovisual, com muita bagagem e experiência, sempre buscando nosso reconhecimento nacional, que com muita fé em Deus está acontecendo!!!
549. Dia Internacional dos Povos Indígenas
Publicado em 09/08/2023
O Dia Internacional dos Povos Indígenas é uma data significativa que reconhece e celebra a rica diversidade cultural, histórica e espiritual das comunidades indígenas ao redor do mundo. Instituído em 9 de agosto, esse dia busca destacar a importância de preservar as tradições, línguas, conhecimentos ancestrais e direitos desses povos únicos, que têm desempenhado um papel fundamental na formação das culturas e na conservação dos ecossistemas globais.
Desde os primórdios de sua existência, os povos indígenas têm usado a música como uma forma de comunicação, celebração, cura e conexão com a natureza e os seus ancestrais. Esta música tem transcendido as fronteiras culturais, ganhando reconhecimento global e influenciando diversos gêneros musicais contemporâneos.
No Brasil, a música indígena é uma expressão artística profundamente enraizada na história e na cultura do Brasil, representando não apenas um legado ancestral, mas também um elo vivo entre as tradições passadas e as identidades contemporâneas.
Vamos do começo?
A música indígena desempenha um papel vital na preservação das tradições culturais dos povos nativos do Brasil. Cada comunidade indígena possui suas próprias práticas musicais, rituais e cantos que refletem sua visão única em relação com a terra e a espiritualidade.
Essa música é transmitida oralmente de geração em geração, garantindo a continuidade da identidade cultural das comunidades indígenas. Ela não apenas mantém viva a herança dos ancestrais, mas também ajuda a fortalecer o sentimento de pertencimento e a resistência contra ameaças culturais e ambientais enfrentadas por muitas dessas comunidades.
A música indígena também é uma forma poderosa de contar histórias e transmitir conhecimentos. Muitas canções contam mitos, lendas e ensinamentos ancestrais que são essenciais para a compreensão da história e sabedoria dos povos indígenas.
Grupo étnico-musical nascido na Aldeia Sapukai – Bracuí, localizada no município de Angra dos Reis (RJ), o Coral Guarani Tenonderã é a mais perfeita tradução da conexão profunda dos indígenas com a música. Dedicado a apresentar cantos tradicionais dos Guarani Mbya, o Coral expressa com o seu canto a história do povo guarani e sua trajetória, transformando em música o conhecimento de seus antepassados. A palavra Tenonderã significa “o caminho, a missão que o povo guarani deve seguir”.
Parte dessa riqueza ancestral vai estar disponível nas plataformas de música neste dia 9, em um EP produzido pelo selo Cine Doc (distribuição digital Nikita). Os integrantes do Coral Guarani Tenonderã foram filiados a Abramus, garantindo assim que todos recebam os direitos autorais e conexos.
Líder do Coral e autor de 5 dos 6 temas registrados no EP, Tupãnzinho conta mais sobre a relação de seu povo com a música:
“Cantamos principalmente para Nhanderú, o Deus supremo. Hoje temos várias músicas de conscientização, de luta, de preservação da natureza e preservação da cultura. Cantamos para os anciões, para os líderes espirituais, que nós respeitamos muito. Cantamos pela luta que fazemos pelas nossas aldeias, pela demarcação de terras e nossos direitos. O canto fortalece ainda mais os nossos líderes e através do canto, as crianças também se fortalecem. Nossa música é de conscientização, de preservação, pois a terra é muito importante para o Guarani”.
Entre os artistas contemporâneos que honram suas raízes indígenas, Brisa Flow se destaca como uma voz poderosa na cena musical brasileira.
Originária do povo indígena Pemon, da região da Gran Sabana, na Venezuela, a rapper e cantora utiliza sua música para trazer conscientização sobre questões sociais e ambientais que afetam as comunidades indígenas.
Seu trabalho como artista transcende fronteiras, combinando sua herança cultural com a realidade contemporânea. Em suas letras, ela aborda temas como preservação da natureza, respeito aos povos indígenas e suas lutas, e a importância da valorização da cultura nativa.
E principalmente pelo público que atinge, ela possibilita maior alcance aos jovens que irão lutar para manter essas mensagens e histórias originárias por muito mais tempo.
A Abramus é uma entidade que representa e defende os direitos autorais de artistas em diversas áreas, incluindo a música indígena. Através do apoio a artistas como Brisa Flow e agora com a filiação do Coral Guarani Tenonderã a Abramus desempenha um papel importante na promoção e valorização da diversidade cultural do Brasil.
Ao garantir que os artistas indígenas sejam reconhecidos e recompensados por seu trabalho, a Abramus contribui para a sustentabilidade e o florescimento da música indígena, assegurando que suas vozes ecoem no cenário musical do país e além das fronteiras.
Promover artistas que trazem mensagens importantes como essa, certamente conseguimos, através da arte, perpetuar consciência, reconhecimento histórico e ações efetivas, para que tenhamos um futuro repleto de histórias contadas da maneira correta e uma nova geração que cuida e apoia seu povo e cultura.
Outros artistas indígenas que trazem histórias ancestrais e reflexões aos palcos: Katú Mirim e Arandu Arakuaa.
Em resumo, a música indígena é um tesouro cultural que enriquece a identidade do Brasil.
Ela é um lembrete da riqueza da diversidade humana, do poder da resiliência e da importância de preservar as tradições dos povos nativos.
Os artistas desempenham um papel essencial na valorização e disseminação da música indígena, abordando uma parte viva e vibrante da cultura brasileira. À medida que apreciamos e apoiamos a música indígena, estamos contribuindo para a preservação e fortalecimento de um legado que ecoará através das gerações, mantendo viva a herança cultural dos povos originários do Brasil.
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