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Por Agência Nova.RS
A dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó lançou esse mês a versão em vinil do álbum “Tom do Sertão”, em homenagem ao compositor Tom Jobim. Os formatos digitais e em CD já tinham sido lançados no início do ano. A chegada desse trabalho no formato LP é significativa, não apenas pelo resgate do saudosismo dos “bolachões”, mas também porque os maiores sucessos da dupla foram feitos neste formato, e há 18 anos eles não lançavam nada em vinil, quando lançaram “Em Família”, uma compilação de músicas natalinas.
Nesse novo projeto, os irmãos paranaenses mergulharam na obra do maestro Tom Jobim, considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira pela revista Rolling Stone e um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova falecido em 1994. Em “Tom do Sertão”, a dupla reuniu canções originais com temáticas alusivas ao campo, natureza e amor, sempre ligadas ao universo sertanejo.
(Foto: DR – Direitos Reservados)
“Quando começamos a cantar, nos anos 1970, o LP era o principal meio de o artista divulgar seu trabalho ao público, e, hoje em dia, ele volta a ganhar espaço no mercado fonográfico”, comenta Xororó. E o cantor tem razão. Lançar discos no formato analógico está se tornando uma tendência entre os artistas do meio. Em 2014, a dupla César Menotti & Fabiano lançou “Memórias Anos 80 e 90 – Ao Vivo”, e, no início deste ano, Luan Santana lançou seu primeiro trabalho acústico no formato.
“É um dos discos mais sertanejos que já gravamos e poder lançá-lo na versão vinil em uma época extremamente digital é voltar ao tempo. Assim como nós, sabemos que muitas pessoas possuem vitrola e colecionam discos de vinil. Esperamos que todos gostem”, completou o artista.
Se levarmos em conta o histórico de vendas, a dupla não tem muito com o que se preocupar. “Amante” (1984) e “Fotografia” (1985) venderam 1,8 milhões de cópias, e “Coração Quebrado” (1986) vendeu 1,7 milhão. Todos ganharam disco de diamante.
“Achamos que era o momento certo. Este projeto em homenagem ao maestro Tom Jobim tem tudo a ver com o formato em vinil por ser um trabalho bem conceitual e especial”, disse Xororó. “Ouvimos de Roberto Carlos a Mumford And Sons. Gostamos bastante da sonoridade do vinil, dos encartes maiores e do chiado característico, que trazem certa nostalgia”, contou o artista.