Em 21 de agosto de 1989, dois dias após o lançamento do LP A Panela do Diaboe cinco dias depois do maior eclipse lunar do século XX, Raul Seixas faleceu de parada cardiorrespiratória provocada por pancreatite crônica e hipoglicemia.
O corpo do compositor foi velado no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital paulista, para onde uma multidão convergiu a fim de lhe prestar as últimas homenagens. O artista não tem simplesmente fãs, mas seguidores. Há um caráter de “culto” na publicidade em torno do nome de Raul, o que gerou a proliferação de centenas de covers e fã-clubes espalhados pelo Brasil.
A fama levou ao fascínio, convertendo-o em guru da Sociedade Alternativa, profeta, messias, redentor ou fundador de religião. Tal como os santos-mártires, seu sofrimento nos últimos anos de vida e sua morte repentina geraram a idolatria póstuma.
23 anos após a sua morte, a obra de Raul Seixas permanece importante por sua força imaginativa, utópica, por sua expressão e percepção das (im)possibilidades que permeiam a vida contemporânea. Esse é o seu legado para as novas gerações, conforme o próprio Maluco Beleza afirmou na canção-testamento “Geração da Luz”.
Fonte: ENFU