Badi Assad, nome artístico de Mariângela Assad Simão, é cantora, compositora, escritora, violonista e malabarista vocal.
Em mais de três décadas de carreira, lançou 20 álbuns, colaborou com diversos artistas e recebeu reconhecimento nacional e internacional.
Misturando voz, violão e percussão, a multiartista conquistou o mundo com sua sonoridade única.
Início da jornada
Influenciada pelo pai e pelos irmãos, Sérgio e Odair Assad, Badi cresceu cercada de música e desenvolveu suas habilidades desde cedo.
Aos 14 anos, dominava violão erudito e participava de competições nacionais e internacionais, das quais saiu vencedora.
Com o tempo, passou a incorporar elementos de teatro, canto e música popular em sua arte, expandindo suas possibilidades e unindo suas paixões e influências.
Em 1989, lançou “Dança dos Tons”, álbum que destacou sua originalidade e performances inovadoras, marcadas pela imitação vocal de instrumentos – sua assinatura artística.
Projeção internacional
O talento singular de Badi Assad conquistou o público e a imprensa internacional, que a apelidou de “One Woman Band” (banda de uma mulher só).
Em 1994, assinou contrato com a Chesky Records, consolidando sua projeção global. Em 1998, mudou-se para os EUA e lançou o álbum “Chameleon”.
Algumas de suas músicas chegaram ao Top 10 europeu, como “Waves”, parte da trilha sonora do filme “It Runs in the Family”. Já o álbum “Wonderland”, lançado em 2006, foi eleito um dos 100 melhores da BBC de Londres e um dos 30 melhores da Amazon.
Reconhecimentos
Apresentou-se pelo mundo ao lado de grandes nomes do jazz, como Larry Coryell e John Abercrombie.
Também marcou presença em festivais como North Sea Jazz e Jarasum Jazz e em palcos icônicos, como L’Opéra de Paris e o Metropolitan Museum of Art.
Em 2012, venceu o prêmio de “Melhor Compositora” da APCA com o álbum “Amor e Outras Manias Crônicas”. A faixa “Pega no Coco” ficou em 1º lugar na USA International Songwriting Competition.
No mesmo ano, entrou para a lista da Rolling Stone Brasil dos 70 mestres da história brasileira do violão, sendo uma das três únicas mulheres incluídas.
Em 2018, teve sua trajetória retratada no documentário Badi, dirigido por Edu Felistoque. O filme foi premiado no FestCine Maracanaú e no LABAFF (Los Angeles Brazilian Film Festival), além de ser selecionado para o Festival du Cinéma de Paris durante a pandemia.
Trabalhos recentes
Badi segue na ativa. Em 2022, lançou o álbum “ILHA” e, em 2024, “Mulheres do Mundo”, demonstrando seu compromisso com a inovação, música e arte.
Ainda em 2024, junto da Orquestra Mundana Refugi, lançou o álbum “Olho de Peixe”, releitura do clássico de Lenine e Marcos Suzano.No mesmo ano, uniu-se ao multiartista Sérgio Pererê para lançar “Bentu”, um disco inédito que marca mais um capítulo de sua trajetória.
Com uma carreira pautada pela experimentação e reinvenção, Badi Assad continua ampliando os limites da música.
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Texto: Anna Ferreira | Artes: Marcela Maciel