Pedrinho da Rocha assina a identidade visual do Carnaval de Salvador 2025

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Pedrinho da Rocha assina a identidade visual do Carnaval de Salvador 2025

Um dos grandes nomes das artes carnavalescas e da cultura baiana Pedrinho da Rocha, representado pela Abramus e Autvis, enfrentou um novo desafio em sua trajetória: criar a identidade visual do Carnaval de Salvador 2025.

Conhecido por sua contribuição à folia baiana, como a criação do abadá, o artista foi escolhido pela Prefeitura de Salvador para desenvolver o conceito visual desta edição, que celebra os 40 anos de Axé Music.

Sua proposta foi criar uma identidade que sintetizasse a essência da folia e homenageasse sua própria trajetória artística, trazendo elementos icônicos do Carnaval ao longo das décadas.

Para representar essa celebração, Pedrinho apostou em um design vibrante, carregado de cores vibrantes e ilustrações marcantes, buscando fazer um resumo das artes que criou ao longo do tempo “Usei movimento e expressividade, marcas que expressam tudo o que fiz. As ilustrações que acompanham a marca, me libertaram um pouco, porque trouxe para elas uma série de registros, com as danças e fantasias, que não teria como colocar tudo numa marca. ”, explica.

Outro ponto fundamental da proposta foi a escolha do tema “40 Carnavais” em vez de “40 anos”. Para ele, essa decisão trouxe um tom mais afetivo e popular à campanha, remetendo à expressão baiana “te conheço de outros carnavais”. Com o suporte da equipe criativa da agência envolvida no projeto, ele pôde explorar novas possibilidades e criar algo que traduzisse fielmente a energia e a tradição do Carnaval de Salvador.

Com essa identidade cheia de significado, ele reafirma sua importância na cultura baiana e deixa sua marca em mais um capítulo da maior festa popular do Brasil.

Trajetória

Nascido no bairro dos Barris, em Salvador, Pedrinho da Rocha cresceu influenciado pelos blocos que passavam por sua rua. Seu primeiro contato profissional com o Carnaval aconteceu de forma inusitada: em troca de uma fantasia, começou a criar desenhos para carros, que mais tarde se tornariam adesivos.

Seu primeiro trabalho foi para o bloco Traz-os-Montes, e, a partir daí os convites não pararam de chegar. No final da faculdade, já tinha uma agenda cheia, coincidindo com a expansão do Carnaval de Salvador e o auge do Axé nos anos 1990. “O tempo passou para mim em uma prancheta”, brinca.

Apesar de sua longa história e vasto portfólio, o artista mantém a humildade e a busca constante por evolução, acreditando que a autocrítica e o aprendizado com os outros são essenciais para o sucesso.

Multiartista

Com as suas contribuições com as artes visuais, Pedrinho da Rocha, titular Autvis – associação que protege os direitos autorais dos artistas visuais – Pedrinho também já colaborou com a música.

Chegando a trabalhar ao lado de Durval Lelys na criação de letras. “Faço briefings, ele pesca algumas frases e coloca nas músicas. Mas se me pedir para cantar, nem sei a introdução! Sou zero musicalmente, o que é um absurdo para alguém tão ligado à música baiana”, brinca.

Para ele, o Axé Music vai além da música – é um movimento cultural que envolve inúmeros talentos. “O Axé não é só música. Ele reúne promotores, foliões, designers, técnicos, motoristas de trio e empreendedores. Vi tantas pessoas tornando isso possível que reduzir o Axé apenas ao som seria limitar um movimento que marcou gerações. Costumo dizer que Axé Music não é um ritmo; é o jeito que o baiano dança. ”

Confira o trabalho abaixo!

Texto: Barbara Freitas, com supervisão de Lorena Storani | Arte: Marcela Maciel

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