Publicado em 29/03/2023
As formas que as mulheres aparecem do mercado musical são múltiplas. Sua importância é inquestionável. Porém, nem todas as presenças femininas são de protagonismo, na realidade, em sua maioria infelizmente ainda são mencionadas apenas como inspirações em obras escritas e interpretadas por autores e artistas masculinos.
Com o passar do tempo, a atenção e questionamento sobre essas posições e presenças têm sido vistas mais de perto, e trazidas para análise, como propõe Paula Novo, coordenadora da pesquisa “Mulheres na Música”, realizada pelo Ecad.
Os dados dessa análise e pesquisa propõem diversas informações que trazem questionamentos sobre o nosso mercado e a pequena proporção de mulheres que se apresenta, tanto em cadastros de autoras, como nos percentuais significativos entre os bilhões arrecadados anualmente em Direitos Autorais.
Embora tenhamos Gal Costa, Elza Soares, Marília Mendonça e diversas outras mulheres de destaque dentro do mercado, a igualdade e equidade de gênero na música ainda não é uma realidade efetiva quando analisamos os dados apresentados.
A partir da análise destes dados, podemos concluir com maior clareza a discrepância da arrecadação e distribuição de direitos autorais entre o gênero feminino e masculino no mercado fonográfico.
Vamos aos dados totais de arrecadação:
Agora, vamos às análises dos rendimentos apenas de mulheres em 2022:
Os números gerais e de análise da presença feminina nos revelam a importância de seguirmos atentos quanto à inserção e estímulo para maior visibilidade das autoras, artistas e musicistas de gênero, que ainda são minoria em posições de destaque e liderança no mercado.
Será que realmente faltam mulheres no mercado? Ou seria apenas uma questão de visibilidade e oportunidades de espaços?
Esse é um assunto que vale uma análise completa, não é mesmo?
Acesse a pesquisa completa aqui.