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Arrecadação no Mundo

Publicado em 21/12/2022.

Os destaques do Relatório Global de Arrecadação da Cisac

O Relatório Global de Arrecadação da Cisac (Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores) é a síntese estatística anual das arrecadações das sociedades de autores de todas as regiões do mundo referente ao ano de 2021. São 5 repertórios que a entidade representa: música, artes visuais, dramaturgia, audiovisual e literatura. O Relatório traz uma análise detalhada e abrangente das arrecadações por repertório, região e fluxo de renda. O Relatório é um compilado com base nos dados exclusivos comunicados à CISAC por suas 228 sociedades membros em 119 países.

Você pode acessá-lo na íntegra aqui, porém vamos facilitar para você trazendo os principais destaques do extenso documento.

OS VALORES DA ARRECADAÇÃO MUNDIAL AUMENTARAM EM 5,8%

Em 2021, a arrecadação mundial voltou a crescer, aumentando em 5,8% e atingindo 9,58 bilhões de euros, revertendo a queda  do ano anterior de quase 10%. Porém, o total global em 2021 permaneceu 5,3% abaixo dos níveis pré-pandêmicos de 2019, já que a queda contínua dos shows limitou o impacto do crescimento dos direitos no Digital. A Europa foi a região com o crescimento mais alto nos direitos dos criadores, tendo um aumento de 7,5%.

A ARRECADAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS NA MÚSICA AUMENTOU EM 7,2%

Os direitos autorais de execução pública para autores e compositores aumentaram em 7,2%, mas permanecem 5,1% abaixo dos níveis de 2019 anteriores a pandemia. As receitas de música ao vivo e show continuaram em queda devido as medidas de confinamento, aumentando apenas 0,2% em 2021 e permanecendo 45,1% abaixo dos números de 2019.

TV E RÁDIO CONTINUAM SENDO A PRINCIPAL FONTE DE RECEITA, COM 3,64 BILHÕES DE EUROS

Os direitos de TV e Rádio, mesmo com queda de 1,5%, permaneceram como a maior fonte de receita em 2021, correspondendo a 38% das arrecadações no mundo (apesar de um pequeno declínio contínuo nos últimos cinco anos).

A ARRECADAÇÃO DE MÚSICA AO VIVO E SHOWS DIMINUIU EM 0,7%

As arrecadações na categoria Show e Música ao Vivo caíram pelo segundo ano consecutivo devido às restrições sanitárias da pandemia. As arrecadações neste setor caíram 0,7%, permanecendo 45,8% abaixo dos valores pré-pandêmicos de 2019.

AS ARRECADAÇÃO DO DIGITAL CRESCEU EM 27,9%

As arrecadação no Digital aumentou em 27,9%. Um aumento de 49,1% em comparação aos valores de 2019 anteriores a pandemia. O forte crescimento no mercado de streaming, o aumento das assinaturas de serviços digitais, novos e renovação de contratos existentes com plataformas como YouTube e TikTok e o contínuo crescimento significativo dos serviços de assinatura de vídeo sob demanda (SVOD), ajudaram a impulsionar este crescimento.

Apesar da revolução no consumo do streaming, a remuneração no Digital ainda é baixa , representando apenas 32,6% da arrecadação dos criadores.

TODOS OS REPERTÓRIOS REPRESENTADOS SOFRERAM O IMPACTO DA PANDEMIA

Dos cinco repertórios representados (música, audiovisual, literatura, artes visuais e dramaturgia) , apenas a Música, que gera 88,6% do total, teve aumento na arrecadação dos direitos autorais em 2021. Todos os outros repertórios registraram uma queda. A Dramaturgia foi o mais atingido, caindo em 13,8% e atingindo menos da metade dos valores de antes da pandemia.

OS DIREITOS AUTORAIS NO DIGITAL SE TORNARAM A PRINCIPAL FONTE DE RECEITA EM 25 REGIÕES

Com o crescimento geral no streaming, houve um aumento no número de regiões onde o digital é a principal fonte de receita, como na Indonésia, Tailândia, Índia e Chile.

TENDÊNCIAS DIVIDIDAS ENTRE AS 10 PRINCIPAIS REGIÕES

Apesar do crescimento geral em 2021, seis das dez maiores regiões viu as arrecadações permanecerem abaixo dos valores de antes da pandemia, como a França, Alemanha, Japão, Itália, Austrália e Espanha.

AS REGIÕES COM CRESCIMENTO EM 2021

Canadá-EUA, Europa, Ásia-Pacífico e África voltaram a crescer em 2021, registrando uma queda menor do que a América Latina durante a pandemia, que ainda tem queda. O alto crescimento no Digital ajudou a Europa a ampliar sua participação global em 1%

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