Fim da Linha

A maior associação de música e artes do brasil

ASSOCIE-SE

A maior associação de música e artes do brasil


ASSOCIE-SE PESQUISA DE OBRAS CADASTRO DE OBRAS ISRC
VOLTAR

Fim da Linha

Foto: metamorworks em Adobe Stock

Publicado em 20/10/2021

Com a chegada de novos players no mercado de streamings on demand, as principais vítimas do aquecimento do novo mercado tem sido as TVs à cabo.

Não é de hoje que a popularidade das TVs à cabo vem caindo no país. Desde 2015, quando o setor estava próximo de 20 milhões de assinantes, vem registrando uma queda frequente nos números, especialmente nos dois últimos anos, quando, de acordo com a Anatel, perdeu quase 3 milhões de contratos, um rombo de aproximadamente 20% do que tinha em junho de 2019.

O declínio acentuado tem como principal motivo o fortalecimento da cultura e do mercado de streaming on demand na pandemia. Com players importantes estreando no Brasil cheios de novidades, como Disney+, Star+ e HBOMax, o interesse do público cresceu pelo modelo de negócios. E não é difícil entender porque.

Em parte, a indústria de entretenimento já está decidida de que é mais vantajoso vender o seu produto (filmes e séries) diretamente para o consumidor (D2C), faturando mais do que se repassasse seu conteúdo para operadoras de TV à cabo. Por isso, eles vão pouco a pouco migrando seus principais “chamadores de público” para dentro do streaming, com transmissão exclusiva. Isso esvazia a audiência dos canais por assinatura.

Séries consagradas, novos blockbusters e até eventos esportivos estão saindo da grade de programação das emissoras e acelerando o declínio do formato. Além disso, tem também a questão geracional. Apesar de uma parcela considerável ainda ser adaptada ao modelo de grade de programação distribuídas pelos vários canais, o novo consumidor é muito mais acostumado a ter tudo personalizado para seus gostos e horários, fazendo do on demand um modelo indispensável.

Por último, há ainda a questão financeira. São muitas as opções e nichos dos serviços de streaming oferecidos. Para assinar todos, realmente não compensaria frente aos aproximadamente 140 reais que se cobra em um pacote básico de TV por assinatura. Porém, não é difícil fazer uma seleção dos principais serviços para o seu gosto e montar um “pacote” na casa dos 100 reais.

Por isso, não é injusto dizer que estamos em um caminho sem volta. A passagem do bastão já foi iniciada e vai continuar nos próximos anos. Eventualmente, o público mais antigo vai aderir aos benefícios do novo formato e pouco a pouco veremos a extinção da TV por assinatura.

Pelo menos é o que acreditamos. E você?

Fonte: Notícias da TV

SIGA-NOS NAS
REDES SOCIAIS