Vida simples do campo, romantismo meloso, sofrências e a animação da vida de balada. O sertanejo é o gênero favorito dos brasileiros com muita história e causos para contar.
De dentro para fora
Nascido no cerne do Brasil rural interiorano, o Sertanejo evoluiu ao longo de sua história, conquistou o espaço urbano de todo país, com uma levada mais animada e dançante, e domina as paradas musicais com suas ainda tradicionais duplas, além de astros individuais masculinos e femininos.
Em seus mais de 90 anos muita coisa mudou. É essa trajetória que foi muito bem abordada pela equipe da Betway e que trazemos hoje aqui para você. Vamos resumir alguns pontos principais desta caminhada, mas não deixe de conferir o material original completo, que conta inclusive com um infográfico caprichado (veja aqui).
Então calce as botinas e esporas, aquele fivelão na cintura, o chapéu na cabeça, se segure e vamos lá!
De prosa em prosa
Cornélio Pires (escritor, pesquisador, humorista e compositor) é o responsável por dar início ao que seria a música sertaneja em 1929;
Viajando por São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, levou os costumes simples do interior, contando “causos” em apresentações teatrais e musicais, que logo deram o nome para a música caipira;
Ilustrando com muito talento e emoção o modo de vida e paisagens do campo o gênero logo ganhou suas primeiras duplas a gravarem os modões de viola: Zico Dias & Ferrinho, Laureano & Soares, Mandi & Sorocabinha e Mariano & Caçula;
Fases do Sertanejo
Música Caipira
Sertanejo raiz, matuto, do interior do país com duplas usando viola caipira;
1930 a 1950;
Ícones: Tonico & Tinoco e Luizinho & Limeira;
Hits: “Pinga ni Mim” e “O menino da Porteira”.
Modernização da moda de viola
Mistura de novos ritmo e instrumentos, como as baladas e a guitarra elétrica;
1960 a 1970;
Ícones: Sérgio Reis e Milionário & José Rico;
Hits: “Rei do Gado” e “Estrada da Vida”.
Sertanejo Romântico
Abordando amores e corações partidos;
1980 a 2000
Ícones: Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo; Zezé Di Camargo & Luciano e João Paulo & Daniel.
Hits: “É o Amor”, “Pense em Mim” e “Evidências”.
Sertanejo Universitário
Alegria e clima de balada com “pegação”;
2000 a 2010;
Ícones: Jorge & Mateus, Paula Fernandes e Luan Santana
Hits: “Pode Chorar”, “Meteoro” e “Pra Você”;
Sertanejo Meloso
Músicas com um leve toque do “brega meloso” dos anos 80;
2010 até hoje;
Ícones: Gusttavo Lima, Zé Neto & Cristiano e Fernando & Sorocaba;
Hits: “S de Saudade”, “Balada Boa” e “É Tenso”.
Feminejo
Duplas e artistas solo femininas que incorporaram ainda mais estilos como pop, funk e forró;
2011 até hoje;
Ícones: Marília Mendonça, Maiara & Maraísa e Simone & Simaria;
Hits: “10%”, “Infiel” e “Regime Fechado”.
Os fãs por esse Brasilsão
Do modão de viola ao empoderado feminejo, os fãs se espalham pelo país em todos os gêneros e idades:
Público:
62% feminino;
38% masculino.
Estilos Preferidos:
60% Sertanejo Universitário;
47% Sertanejo Romântico;
33% Sertanejo Raiz.
Faixa Etária:
21% tem entre 18 e 21 anos;
37% tem entre 25 e 34 anos;
23% tem entre 35 e 44 anos.
Motivos de gostarem:
48% gostam da melodia;
47% se identificam com a história, como se descrevesse a própria vida;
40% gostam da música independente do artista;
27% gostam da letra.
O Brasil é Sertanejo!
O gênero é indiscutivelmente o mais popular no país, dominando as TVs, rádios e os principais serviços de streaming.
Corresponde a 29% de todas as músicas tocadas no país;
Representa 10 das 20 músicas mais tocadas no Deezer brasileiro;
Representa 12 das 20 músicas mais tocadas no Spotify brasileiro;
Representa 8 das 20 músicas mais tocadas no YouTube Music brasileiro;
Da contação de “causos” romantisados aos números e valores de uma indústria gigantesca, a única certeza é que o sertanejo continua fazendo sucesso como parte da vida do nosso povo e da nossa cultura. Que venham muitos outros 90 anos de história pra contar!
Para mais detalhes e nuances desta rica trajetória, não deixe de conferir a matéria completa no link da fonte abaixo.