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Sintonizando com Salma e Mac

Fotos: Victor Quixabeira e Souza.

Publicado em 16/04/2023.

Por Belinha Almendra.

Salma e Mac: de fundadores de uma banda de indie rock a protagonistas de um projeto pop acústico, inspirado na MPB e na bossa nova. Nesta edição do Sintonizando, conversamos a dupla que é destaque do pop contemporâneo que vem de Goiás.

1 – Pra começar, quais as principais influências musicais de vocês? 

Salma – Acho que Elis Regina e Chico Buarque são as minhas principais referências na MPB, mas me inspiro genericamente na música pop, em todos os estilos, em tudo que as pessoas escutam. Acho difícil definir o que me influencia, de verdade.

Mac – Ouvi rádio no Brasil nos 80 e 90, quando criança, talvez isso defina muito mais o meu gosto do que muito dos discos que comecei a comprar na adolescência… Eu ouvia de João Gilberto a punk norueguês e sempre tive uma queda forte pelo Pop dos anos 80.

2 – Vocês são fundadores da banda goiana de indie rock Carne Doce. No ano passado lançaram “Voo livre”, primeiro álbum como Salma e Mac, inspirado na MPB e na bossa nova. Como foi a experiência de se aventurar por novas sonoridades?

Salma – Uma chance de aprender tudo de novo. É um desafio diferente comover pela suavidade, pela dinâmica, isso nos exigiu mais tecnicamente, e nos revelou mais sobre o que a gente já havia aprendido.

Mac – Também estou tendo o desafio técnico de substituir a guitarra pelo violão, e estou adorando isso!

3 – Goiânia é mais conhecida por ser o berço de muitos artistas e duplas sertanejas. Como é a cena indie rock da cidade?

Salma – A cena indie goiana está num momento menos produtivo do que foi há alguns anos. Ainda estamos na retomada pós pandemia, há poucos espaços, menos bandas locais e estamos recebendo menos shows de artistas de fora. É uma cena de resistência. Mas acho que todo o interior do país está sofrendo do mesmo modo.

Mac – Já foi pulsante entre os anos 2000 e 2014, o Carne Doce surgiu nessa efervescência, mas foi surpreendente a velocidade como praticamente desapareceu nestes últimos anos.

4 – Voltando a “Voo livre”, o disco foi produzido pelo experiente Alexandre Kassin, que já trabalhou com Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Vanessa Da Mata, Erasmo Carlos, Los Hermanos e muitos outros grandes nomes.  Como ele se integrou ao projeto?

Salma – Ele assistiu um show da banda no Circo Voador (RJ), e mantivemos desde então um contato simpático. Numa das vezes que fomos ao Rio nos encontramos e mostramos as canções deste projeto. O Kassin curtiu e logo começamos a conversar sobre a produção. 

Mac – A integração dele foi muito natural, ele domina muito o universo estético que inspira este disco. Ele produziu, arranjou e gravamos tudo em sete dias.

5 – As composições autorais do duo exploram temas diferentes daqueles gravados pela banda? A “pegada” minimalista do novo projeto influenciou na criação das canções?

Salma – Pra mim, nem tanto. Acho que o lirismo ainda é semelhante, é mais na parte das melodias e harmonias que esse projeto serve de vazão para canções que não se encaixariam direito na banda. Sempre criei umas coisas que aqui e ali pareciam boleros ou sambas, ou até sertanejo, algumas vezes parecia difícil acomodar isso com o estilo dos outros integrantes. Talvez esse projeto tenha algumas letras mais suaves.

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